Carvalho: Essencial para a Copa conseguimos entregar

"Fomos ambiciosos e quisemos aproveitar a Copa para trazer benefícios efetivos para mudar a cara dessas cidades, não para a Copa", afirmou

25 JUN 2014 • POR • 11h33

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência foi escalado nesta quarta-feira para defender o legado da Copa do Mundo e disse que o País foi alvo de uma "antipropaganda brutal" e "terrorismo" realizados pela imprensa. Ele reconheceu que parte das obras de mobilidade urbana previstas para o Mundial não foram entregues a tempo, mas destacou que os projetos serão concluídos após o torneio. "Nosso sonho era entregar 100% (das obras de mobilidade)", disse Carvalho, durante o programa Bom Dia Ministro, transmitido pela rede NBR. "Fomos ambiciosos e quisemos aproveitar a Copa para trazer benefícios efetivos para mudar a cara dessas cidades, não para a Copa".

De acordo com o ministro, os atrasos nas obras de mobilidade ocorreram por diversas razões, dentre as quais o processo de licença ambiental, de desapropriações e também por "dificuldades gerenciais" dos governos dos Estados, municípios, além do próprio governo federal.

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O ministro rebateu ainda críticas à construção de estádios em regiões com pouca expressão do futebol profissional, como em Estados no Centro-Oeste e do Norte. A ampliação das sedes, segundo Carvalho, foi uma bandeira do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de levar desenvolvimento para fora do eixo Centro-Sul. "As arenas todas foram planejadas para serem multiuso e servem hoje para a Copa, além de campeonatos nacionais e estaduais". "Mas elas servirão também para eventos culturais, esportivos e shows", justificou, citando como exemplo o estádio Nacional de Brasília, reconstruído e que, segundo Carvalho, já recebeu em um ano mais público do que o estádio antigo.

Gastos

Carvalho apresentou ainda justificativas para os gastos com a Copa. De acordo com ele, o aporte total para o Mundial chegou a R$ 25 bilhões, sendo que R$ 8 bilhões foram para os estádios. Destes, disse Carvalho, R$ 4 bilhões foi dinheiro emprestado pelo BNDES. "Quem emprestou vai ter de pagar. Isso vai retornar aos cofres públicos".

Ele também rebateu as críticas de que investimentos em saúde e educação foram preteridos pela Copa. Carvalho disse que isso não é verdade e afirmou que o governo federal investiu R$ 800 bilhões nessas áreas nos últimos quatro anos.