Ibovespa passa por ajustes após feriado e recua 1,02%

Na máxima da sessão, vista perto das 12 horas, o Ibovespa marcou 55.191,99 pontos (-0,02%) e, na mínima, próximo das 12h30, registrou 54.540,17 pontos (-1,20%)

20 JUN 2014 • POR • 18h28

Nesta sexta-feira espremida entre o feriado e o fim de semana, a Bovespa manteve-se em baixa durante toda a sessão, em meio ao giro reduzido de negócios. Muitas ações se ajustaram ao recuo de ontem dos ADRs em Nova York, sendo que a pesquisa eleitoral mais recente do Ibope, que saiu na quinta-feira, também decepcionou um pouco, já que o cenário para a presidente Dilma Rousseff pouco mudou. No fim, o Ibovespa registrou recuo de 1,02%, aos 54.638,19 pontos, na contramão de Nova York.

"A baixa da Bolsa hoje foi uma correção ao movimento dos ADRs ontem em Nova York e também um pouco a decepção com a pesquisa Ibope, já que a Dilma praticamente manteve suas intenções de voto", comentou profissional de uma corretora. "Assim, Banco do Brasil, Petrobras e elétricas, que tinham subido bastante na quarta-feira, hoje corrigiram."

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Na máxima da sessão, vista perto das 12 horas, o Ibovespa marcou 55.191,99 pontos (-0,02%) e, na mínima, próximo das 12h30, registrou 54.540,17 pontos (-1,20%).

Ontem, a Confederação Nacional da Indústria(CNI) e o Ibope informaram que no cenário eleitoral mais provável Dilma Rousseff (PT) oscilou de 38% para 39%, Aécio Neves (PSDB) passou de 22% para 21% e Eduardo Campos (PSB) foi de 13% para 10%. Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, na prática não houve mudanças significativas para o cenário eleitoral.

"Atualmente, o mercado só anda com pesquisa. Como o levantamento desta vez foi mal recebido, o mercado forçou uma realização", comentou outro operador, lembrando que a queda dos ADRs em Nova York, ontem, disparou o recuo de hoje. "Na verdade, pesquisa só cria volatilidade, não cria tendência. E isso vai continuar até o fim da eleição", acrescentou.

Ontem, com o feriado de Corpus Christi no Brasil, os ADRs da Petrobras cederam 1,6%, o que fez as ações ordinárias cederem 2,01% hoje no Brasil e as preferenciais recuarem 1,58%. Eletrobras ON caiu 6,60% e Eletrobras PNB recuou 2,76%.

No caso da Vale, o Itaú BBA rebaixou a recomendação para as ações da mineradora, de "outperform" (desempenho acima da média do mercado) para "market perform" (em linha com o mercado). A instituição também cortou o preço-alvo para as ADRs da mineradora de US$ 16,00 para US$ 14,00. Em reação, o papel ON da Vale caiu 0,28% e o PNA teve baixa de 0,23%.

O volume de negócios, no entanto, era pequeno e durante a tarde o Ibovespa pouco oscilou, com muitos operadores reclamando da "paradeira". No fim, o giro financeiro ficou próximo de R$ 5 bilhões.

Dólar - O dólar fechou a sessão desta sexta-feira perto da estabilidade ante o real, após reduzir os ganhos durante a tarde diante da falta de notícias para impulsionar a moeda. A alta moderada registrada pelo dólar e o recuo dos juros dos Treasuries no exterior também contribuíram para limitar o fôlego da moeda dos EUA no mercado de câmbio doméstico. No fim do dia, o dólar terminou em R$ 2,2310 (+0,04%) no balcão. Na semana, o dólar também acumulou alta de apenas 0,04%. O giro de negócios totalizou US$ 1,198 bilhão, sendo US$ 1,11 bilhão em D+2. Na máxima do dia, o dólar foi negociado a R$ 2,2420 e, na mínima, a R$ 2,2300. No mercado futuro, a moeda era cotada a R$ 2,2310 (+0,07%). O volume de negócios era de cerca de US$ 10 bilhões.

Juros - Em um dia de liquidez fraca e de agenda esvaziada, as taxas futuras de juros oscilaram em alta pela manhã, acompanhando o avanço do dólar e dos yields dos Treasuries. À tarde, no entanto, na medida em que estes dois últimos ativos perderam fôlego, os juros domésticos também voltaram para perto os ajustes, para, no fim, terem apenas leve alta nos vencimentos mais longos, em linha com o ligeiro viés de alta moeda dos EUA e em meio às tensões geopolíticas no Iraque e na Ucrânia. Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI para janeiro de 2015 (26.900 contratos) marcava taxa mínima de 10,78%, igual ao ajuste anterior. Nos trechos intermediário e longo da estrutura a termo da curva de juros, o DI para janeiro de 2016 (72.285 contratos) apontava 11,21%, de 11,20% no ajuste de quarta-feira. Já o DI para janeiro de 2017 (155.655 contratos) indicava 11,54%, ante 11,48% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 (26.680 contratos) mostrava 11,94%, de 11,87% na quarta-feira.