Traficante mexicano preso pela PF entrou no país a pé, por Foz do Iguaçu

Acompanhado da esposa e dos dois filhos menores, ele tentava embarcar para Fortaleza para assistir o jogo entre Brasil e México, no Estádio Castelão

17 JUN 2014 • POR • 11h59

O narcotraficante mexicano Jose Diaz Barajas, procurado nos Estados Unidos, foi preso ontem (16) pela Delegacia de Repressão a Entorpecente da Polícia Federal e agentes da Interpol, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Galeão/Antonio Carlos Jobim. Acompanhado da esposa e dos dois filhos menores, ele tentava embarcar para Fortaleza para assistir o jogo entre Brasil e México, no Estádio Castelão.

Segundo a PF, Barajas, que tem o nome inscrito no cadastro de procurados da Interpol, entrou no Brasil a pé na última quarta-feira (11), por Foz do Inguaçu, vindo do Paraguai, portando documentos verdadeiros, depois de voo do México. De lá, foi para o Rio de Janeiro, em um voo doméstico, onde embarcaria para o Ceará. Ele e a família tinham ingressos para o jogo de hoje, as 16h.

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De acordo com o coordenador-geral de Cooperação Internacional da Polícia Federal, delegado Luiz Cravo Dórea, desde a entrada dele no Brasil, ele foi monitorado, em uma parceria das autoridades brasileiras, norte-americanas e mexicanas no Centro de Cooperação Policial Internacional, em Brasília, inaugurado no último dia 9.

“Conseguimos monitorar os passos desse mexicano no Brasil. Por meio do Ministério da Justiça, pedimos o mandato de prisão ao Supremo Tribunal Federal, que foi atendido, no sábado, dia 14, pelo ministro Marco Aurélio Mello, então efetuamos a prisão. Tínhamos equipes no Rio de Janeiro e em Fortaleza. Tínhamos também a cópia do ingresso que ele havia comprado para o jogo”, explicou Dórea.

“Ele não atuava no tráfico de cocaína, mas de metanfetamina. Os insumos eram adquiridos na Ásia para produção local no México e depois ser exportado para os Estados Unidos”, acrescentou Dorea.

O mexicano foi preso por volta das 22h40 e aguardará a conclusão do processo de extradição detido no presídio Ari Franco, no Rio de Janeiro. Segundo Dórea, o pedido de extradição foi feito pelas autoridades norte-americanas. O chefe do escritório da Interpol no Brasil, Luiz Eduardo Navajas, explicou que o principal mercado mundial da metanfetamina, um tipo de droga sintética, são os Estados Unido, e que há alguns meses Barajas era procurado pelo Departamento de Combate às Drogas, norte-americano.

De acordo com a PF, desde o início das operações, o Centro de Cooperação Internacional tem recebido mais de 100 solicitações diárias relacionas à segurança pública, nacional e internacional.