Cubano do Mais Médicos é suspeito de abuso sexual no DF

O médico trabalhava em uma unidade de saúde da família da prefeitura de Luziânia desde o início do ano e foi afastado preventivamente após as denúncias

20 MAI 2014 • POR • 15h03

Deverá ser ouvido na tarde desta terça-feira, 20, um clínico geral cubano, investigado pela Polícia Civil da cidade de Luziânia, no entorno do Distrito Federal, por abuso sexual. As denúncias foram registradas por três grávidas contra o profissional, integrante do Programa Mais Médicos do governo federal. Irregularidades na conduta dele teriam sido observadas até por uma enfermeira que prestou depoimento nesta terça.

O médico trabalhava em uma unidade de saúde da família da prefeitura de Luziânia desde o início do ano e foi afastado preventivamente após as denúncias. As vítimas suspeitaram da conduta do profissional e relataram o caso para a enfermeira que as orientou a acionar o serviço de ações básicas de saúde do município. Grávidas de 7, 6 e 3 meses, as três mulheres fizeram a denúncia à polícia e a delegada Dilamar de Castro iniciou a investigação.

Leia Também

Só Costa será beneficiado com soltura decidida por STF

Jogos da Copa levaram redes de ensino a mudar calendário escolar

Maio deve ser mês de seca recorde no Cantareira

Dois operários morrem em obra de shopping em Campinas

ONS diz que operar sistema está cada vez mais difícil

As vítimas também levaram o caso ao conhecimento da Secretaria de Saúde de Luziânia que instaurou sindicância após ter ouvido as gestantes e o médico, optando pelo afastamento "preventivo" do profissional e a notificação ao Ministério da Saúde, responsável pelo programa.

Nos depoimentos, elas alegaram que o clínico geral vinha cometendo atos libidinosos durante as consultas de rotina do pré-natal. Uma das grávidas contou que o abuso aconteceu durante uma consulta, com a realização de exame local fora dos padrões e demorado. A mulher está no sétimo mês de gestação e havia procurado o médico para tratar de uma provável infecção urinária. Conforme o depoimento, o médico pediu para que a gestante deitasse em uma maca não convencional e tocou as partes íntimas da mulher por um período maior que o normal de um exame de toque.

A delegada afirmou que os depoimentos deixam claro que ele teve a intenção de um ato libidinoso e que duas das grávidas perceberam rapidamente isto porque já tiveram outras gestações e passaram por vários exames similares, dentro dos padrões. Ela apurou que um outro médico teria sido convidado informalmente no posto de saúde a avaliar o que foi descrito pelas vítimas, visando conferir se a conduta profissional estava correta, e ele teria considerado que ela fugia aos padrões.

Segundo a delegada, pelo relato das vítimas, o provável abuso foi cometido do mesmo modo nas três pacientes. O depoimento deve ser colhido pela delegada que não revelou o nome do médico ainda porque aguarda os dados oficiais da Secretaria de Saúde de Luziânia. O clínico foi substituído por uma médica.