Festa da Força Sindical reúne milhares

Evento foi marcado por discursos políticos de presidenciáveis e críticas ao escândalo da Petrobras

2 MAI 2014 • POR • 11h09

A tradicional festa do Dia do Trabalho, promovida pela Força Sindical, na Capital paulista, reuniu milhares de trabalhadores e foi marcada por discursos políticos de dois pré-candidatos à sucessão da presidente Dilma Rousseff e críticas ao seu governo. O evento foi realizado na Praça Campo de Bagatelle, em Santana, na zona norte de São Paulo.

Marcaram presença, os presidenciáveis Aécio Neves e Eduardo Campos; secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; governador Geraldo Alckmin e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

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O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP), durante breve discurso, acusou a presidente Dilma de “roubar” a Petrobras. “Quem deveria estar presa na Papuda é a presidente Dilma, pelos roubos que tem feito na Petrobras, empresa que os brasileiros aprenderam a admirar”.

Sempre ao lado do provável candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, Paulinho afirmou do palanque que fará de tudo para ajudar a eleger o tucano.

Ele criticou ainda a ausência da presidente no evento. “Quem tem coragem mostra a cara e quem não tem manda representantes”, disse o sindicalista e deputado na presença dos ministro do Trabalho, Manoel Dias, e do secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, ambos representando a presidente da República.

Carvalho rebate críticas de Aécio

O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, rebateu ontem as críticas feitas por Aécio Neves à presidente da República, Dilma Rousseff, durante o ato político na festa de 1º de Maio da Força Sindical, em São Paulo.

“A presidente Dilma não vem a São Paulo a cada quatro anos para fazer promessas”, disse Carvalho. De acordo com ele, o Governo Federal tem fortalecido a Petrobras, ação contrária às do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que queria privatizar a estatal brasileira de petróleo.

“Vocês sabem quem criou o fator previdenciário? Foi Fernando Henrique Cardoso”, disse Carvalho. “Agora eles (tucanos) querem voltar com o senador Aécio Neves. Vêm com promessas para vocês para um governo que eles não terão”, afirmou o secretário-geral da Presidência da República.

Campos fala sobre Bolsa Família

O pré-candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos, disse, durante sua participação da festa do Dia do Trabalho, em São Paulo, que o aumento do Bolsa Família de 10% anunciado pela presidente Dilma Rousseff, foi uma forma de “reparar os efeitos sobre a renda do trabalhador de uma inflação que a presidente deixou chegar por meio dos alimentos”.

Campos chegou ao evento com duas horas de atraso e não participou do ato político no qual discursou seu oponente tucano Aécio Neves. Em breve e tumultuada conversa com os jornalistas, o pré-candidato do PSB afirmou que o Brasil só vai voltar a crescer com um novo ciclo de aumento da renda, estabilidade e mudanças políticas. “O Brasil entrou no caminho errado e para voltar vai precisar do ânimo e da mobilização do trabalhador”, disse Campos.