EUA e UE planejam novas sanções contra Rússia

Vice-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca se recusou a dizer se os EUA adotarão sanções focadas diretamente nas finanças pessoais de Putin

27 ABR 2014 • POR • 15h40

Estados Unidos e União Europeia (UE) planejam intensificar as sanções contra a Rússia nesta semana, tendo como alvo as companhias administradas por pessoas próximas ao presidente Vladimir Putin, disse neste domingo Tony Blinken, vice-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, em entrevista ao canal CBS.

Ele revelou que sanções mais rigorosas podem ser anunciadas ainda na segunda-feira. Conforme Blinken, o presidente norte-americano, Barack Obama, falou na sexta-feira com os líderes europeus para coordenar os esforços contra a Rússia.

Leia Também

Kerry quer que Rússia apoie libertação de observadores

Ex-premiê da Itália, Silvio Berlusconi, comete nova gafe

Candidata à presidência da Ucrânia apoia entrada na Otan

UE quer impor novas sanções à Rússia na segunda

Turquia sanciona lei que amplia poder do serviço secreto

As sanções impostas por Obama, em resposta às ações de Moscou na Ucrânia, podem ter prejudicado a economia russa, desencadeando vendas generalizadas no mercado acionário do país e enfraquecendo o rublo. "Com as ações tomadas, Putin isolou a Rússia, isolou sua economia", observou conselheiro da Casa Branca ao programa "Face The Nation", da CBS. As novas sanções devem se concentrar em indivíduos próximos do presidente russo, que têm impacto significativo na economia do país, esclareceu.

Blinken acrescentou que, ao interferir na Ucrânia, Putin está quebrando um "pacto" com o povo russo de promover crescimento econômico. De acordo com ele, o presidente não cumpriu o acordo assinado em Genebra para minimizar as tensões na Ucrânia, incluindo o desarmamento e a desocupação de edifícios públicos pelos separatistas no leste da Ucrânia.