Conta de luz não vai subir na Baixada Santista

A Elektro deve reajustar as tarifas somente em agosto e a CPFL Piratininga em outubro

9 ABR 2014 • POR • 10h52

Com conteúdo da Agência Estado

Os reajustes anunciados por três companhias de energia elétrica na segunda-feira não incidirão nas contas dos consumidores da Baixada Santista.

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Consultada pelo Diário do Litoral, a CPFL Piratininga, informou por meio de sua assessoria de imprensa, que “o reajuste anunciado se refere à CPFL Paulista, responsável pelo fornecimento de energia elétrica para 234 cidades do interior de São Paulo, totalizando 3,9 milhões de clientes. A Baixada Santista faz parte da área de concessão da CPFL Piratininga que não é afetada por este reajuste”.

Na região, a CPFL Piratininga atende Santos, São Vicente, Cubatão, Praia Grande e o distrito de Vicente de Carvalho, em Guarujá. Além de outras 22 cidades na região de Sorocaba. 

Ainda de acordo com a assessoria, o reajuste anual para a Baixada está previsto para outubro, data de aniversário da concessão do serviço.

Já a assessoria de imprensa da Elektro esclareceu que “a Aneel vai definir o reajuste na tarifa em agosto”.

A Elektro atende 2,2 milhões de clientes de 223 cidades do Estado de São Paulo. Na Baixada, a concessionária distribui energia para as cidades de Guarujá, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. A empresa responde por 11,5% da energia elétrica distribuída no Estado.

Apesar dos reajustes anuais significativos nas tarifas de três companhias de distribuição aprovados na última segunda-feira, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse ontem que o órgão regulador não confirma a existência de uma tendência de aumentos de dois dígitos na contas de luz este ano. A Cemig teve um reajuste médio de 14,76%, a CPFL de 17,23% e a Cemat de 11,89%, enquanto a projeção do Banco Central para a alta dos preços da eletricidade em 2014 é de 9,5%

A Aneel ainda definirá os reajustes anuais de 47 distribuidoras este ano. “A Aneel não faz previsão de qual vai ser o índice de reajuste de cada empresa. Isso depende do custo da energia no mercado de curto prazo, da contratação das companhias, da demanda de cada uma e de outra série de fatores. A Aneel não pode falar em tendência de aumentos de dois dígitos este ano”, afirmou Rufino.

“O BC usa uma metodologia própria para estimar os preços do setor no Relatório de Inflação, mas nós não fazemos previsão”, completou. Rufino explicou ainda que a variação do dólar desde o ano passado pesou no reajuste da Cemig e da CPFL, que, segundo ele, possuem cotas significativas da energia proveniente da Usina Binacional de Itaipu, influenciada pela moeda estrangeira. “Outras distribuidoras não serão tão impactadas por isso, por exemplo”, explicou.