Jovem gay afirma ter sido agredido por guardas em SP

Em nota, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) negou as agressões e disse que foi um de seus agentes que levou um soco nas costas

4 ABR 2014 • POR • 14h56

Um jovem homossexual disse ter sido agredido por guardas civis metropolitanos na madrugada de segunda-feira, 31, no Largo do Arouche, no centro de São Paulo. Erisvaldo Ferreira de Melo, de 26 anos, disse ter recebido tapas na cara e socos depois de ter tentado impedir que os guardas levassem um casal gay para a delegacia por estarem se beijando. A Guarda Civil Metropolitana (GCM) negou as agressões e disse que foi um de seus agentes que levou um soco nas costas.

De acordo com Melo, o tumulto começou por volta das 3h quando a GCM abordou um casal gay que estava se beijando e pediu para eles saíssem do Largo do Arouche. O casal teria alegado que não estava fazendo nada de errado e que não iriam sair. Houve confusão e, segundo Melo, quando os agentes tentaram levar o casal em uma viatura, ele tentou interferir. "Levei tapas, socos e fui levado na viatura. Lá dentro também apanhei e me chamaram de 'viadinho'", disse Melo, que foi encaminhado ao 2°DP (Bom Retiro) e liberado em seguida. Na terça-feira, 1º, ele registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

Leia Também

Ônibus é incendiado na zona norte de São Paulo

Traficantes voltam a trocar tiros com policiais na Favela da Rocinha

Internos da Fundação Casa em SP fazem funcionários reféns

Bope apreende uma tonelada de maconha em favela da Maré

Polícia procura adolescente acusado de matar dois homossexuais em São Paulo

Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, responsável pela Guarda Civil Metropolitana, disse que às 3h30, sete pessoas estavam encostadas na viatura da corporação no Largo do Arouche e que os guardas teriam pedido para que o grupo desencostasse duas vezes sem serem atendidos. Ainda segundo a nota, uma das pessoas agrediu um guarda com um soco nas costas. "Diante do acontecido, os agentes deram voz de prisão por desacato. Houve resistência por parte do grupo, que ainda danificou o paralama e a porta traseira (lado direito) da viatura". A Secretaria também afirmou que repudia qualquer atitude homofóbica por parte de seus servidores.