Tirone responde Kleina: "Não passo a mão na cabeça de ninguém"

O presidente do clube paulista negou que conceda privilégios a alguns atletas e ainda ressaltou o futebol do jogador chileno.

14 JAN 2013 • POR • 11h21

Incomodado com o fato de o meio-campista Valdivia se reapresentar com atraso para pré-temporada do Palmeiras, o treinador da equipe alviverde, Gilson Kleina, deixou claro que a disciplina será fator primordial neste ano e que algumas atitudes dos dirigentes devem ser repensadas. Entretanto, em entrevista ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, neste domingo, o presidente do clube paulista, Arnaldo Tirone, negou que conceda privilégios a alguns atletas e ainda ressaltou o futebol do jogador chileno.

“Não passo a mão na cabeça de ninguém”, disse. “O Valdivia, tecnicamente, é um jogador fantástico. Em 2012, ele não conseguiu mostrar seu rendimento no Palmeiras, muito pelas adversidades, como o sequestro relâmpago e a lesão sofrida contra o São Paulo. É um patrimônio do clube. Precisamos acreditar e torcer para que ele possa render. Ajudou o time na conquista da Copa do Brasil, mas depois se machucou, teve o sequestro. Sinto que ele não quer deixar o clube, e sim recuperar esse tempo que foi, de certo modo, perdido”, completou.

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Em meio à polêmica causada pelo atraso na reapresentação de Valdivia, surgiu a possibilidade de o Al-Ain fazer uma oferta no valor de 6 milhões de euros (aproximadamente R$16,3 milhões) pelo camisa dez alviverde. O clube dos Emirados Árabes Unidos, que contou com o atleta chileno entre 2008 e 2010, seria o principal interessado em tirar o meio-campista da agremiação paulista.

Com a falta de contratações da diretoria palmeirense para esta temporada, o chileno deve continuar sendo o principal responsável pela criação de jogadas na equipe comandada por Gilson Kleina, que utilizou Patrick Vieira como armador na reta final do Campeonato Brasileira. O clube alviverde ainda tenta viabilizar a contratação do meio-campista argentino Riquelme, mas reconhece que a transação não é fácil.

“Ele é um grande jogador. Se quiser jogar, ele é facilmente uma dos cinco melhores da posição no Brasil. No ano passado houve uma sondagem, mas ele não quis deixar o Palmeiras, não quis ir para o mundo árabe. Sondagem tem toda semana. Ele não está disponível e a vontade dele é ficar. Em relação aos salários, se fizeram um contrato com ele e optaram por esses valores, não tem o que discutir”, afirmou.

Querido pela torcida por sua primeira passagem pelo Palmeiras, entre 2006 e 2008, Valdivia retornou ao clube alviverde em 2010, quando foi contratado por 6 milhões de euros (cerca de R$14,9 milhões no câmbio da época). Desde então, enfrentou diversos problemas físicos e não conseguiu repetir o desempenho que o tornou referência para os palmeirenses na última década.

“Hoje, se o Valdivia estivesse em boas condições, é claro que eu o contrataria. Se fosse o momento atual, teria que repensar. Quando ele foi contratado, era um valor alto, mas se você analisar e pensar no que ele pode voltar a jogar, ele será muito valorizado. Foram 6,2 milhões de euros, mais comissões. Nossa gestão não tinha como pagar e refinanciamos o Valdivia com o banco que havia pagado a contratação”, encerrou.