Análise inédita de dado de satélite permitiu concluir que avião se perdeu

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, explicou que informações conhecidas nas últimas horas permitiram concluir que o pouso do Boeing 777 não seria possível

24 MAR 2014 • POR • 12h36

A conclusão de que o voo MH370 se perdeu no Oceano Índico foi feita com base em uma nova análise de dados de satélite. No pronunciamento feito há pouco, o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, explicou que informações conhecidas nas últimas horas permitiram concluir que o pouso do Boeing 777 não seria possível. Por isso, concluíram que o avião se perdeu no mar. Contrariando as críticas das famílias dos passageiros, Razak defendeu a atuação do governo malaio e disse que a investigação feita até agora foi pautada pela transparência e pelo respeito aos familiares.

"Usando um tipo de análise nunca antes utilizado em uma investigação deste tipo, eles foram capazes de esclarecer melhor a trajetória de voo do MH370. Baseado em sua nova análise, a Inmarsat (empresa britânica que fornece dados de satélite) e a AAIB (Agência de Investigação de Acidentes Aéreos do Reino Unido) concluíram que o MH370 voou ao longo do corredor sul e que sua última posição foi no meio do Oceano Índico, a oeste de Perth (Austrália)", disse o primeiro-ministro no comunicado feito há pouco.

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Diante dessa última informação emitida pelo Boeing 777 da Malaysia Airlines, as autoridades chegaram à conclusão de que o avião se perdeu nessa área do Oceano. "Este é um local remoto, longe de todos os possíveis locais de pouso. Por isso, é com profunda tristeza e pesar que devo informá-los que, de acordo com esses novos dados, o voo MH 370 terminou no Oceano Índico Sul", completou o primeiro-ministro.

Razak disse que o governo realizará nova entrevista na terça-feira com mais detalhes sobre as investigações. Se novidades aparecerem antes, ele prometeu informar o mais rápido possível. O primeiro-ministro disse ainda que o governo tem compromisso com a "abertura e o respeito às famílias", afirmando que esses foram "dois princípios que orientaram essa investigação". Famílias e até o governo chinês criticaram as autoridades malaias pela atuação na investigação.

O primeiro-ministro também pediu à imprensa que respeite as famílias. "As últimas semanas têm sido desoladoras, e eu sei que esta notícia deve ser ainda mais difícil. Peço que a mídia respeite a privacidade (das famílias dos passageiros) e permita o espaço que elas precisam neste momento difícil", concluiu o primeiro-ministro.