Ucrânia ordena retirada oficial de tropas da Crimeia

A decisão foi tomada após o exército russo invadir a base da infantaria da marinha ucraniana, na localidade de Feodosia

24 MAR 2014 • POR • 12h12

O presidente interino da Ucrânia, Olexander Turchinov, ordenou nesta segunda-feira que as tropas e seus familiares que ainda permanecem na Crimeia se retirem do território. A decisão foi tomada após o exército russo invadir a base da infantaria da marinha ucraniana, na localidade de Feodosia.

"O Conselho Nacional de Segurança e Defesa ordenou ao Ministério da Defesa a retirada das unidades militares estacionadas na República Autônoma da Crimeia", comunicou Turchinov aos parlamentares da Ucrânia.

Leia Também

Avião que desapareceu com 239 pessoas a bordo caiu no Oceano Índico

Tribunal egípcio condena à morte 529 simpatizantes de Mursi

Surto de Ebola pode ter matado mais de 50 na Guiné

Turquia derruba avião militar sírio perto da fronteira

Novas imagens mostram objetos que podem ser de avião

A decisão do governo ucraniano sinaliza uma mudança de posição, que até agora autorizava seus militares a defenderem suas bases contra ataques dos crimenianos e das forças russas.

O ataque à base da Marinha ucraniana deixou soldados feridos e alguns prisioneiros. Diversos oficiais se recusaram a deixar o local e entraram em confronto com os russos. O território militar era uma das poucas instalações que ainda mantinham a bandeira da Ucrânia na Crimeia.

As tropas russas e soldados das chamadas autodefesas da Crimeia tomaram desde sábado o controle de quase todas as unidades, navios de guerra e bases militares que até então resistiam a mudar de lado ou abandonar seus destacamentos. No sábado, caíram o aeroporto militar de Belbek, nos arredores de Sebastopol, uma unidade da armada em Novofiodorovsk e vários navios de guerra.

Nesta segunda, o ministro de Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, visitou a região da Crimeia para vistoriar as tropas e as novas instalações militares de Kiev. Shoigu foi a primeira autoridade do governo a se reunir com os ex-soldados ucranianos e nomeou o contra-almirante Denis Berezovsky, que servia à Ucrânia, mas desertou e decidiu ficar ao lado das forças pró-russas.