Governo pesquisa impacto de mais etanol na gasolina

A proposta de aumentar o limite máximo de mistura de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27,5%, foi levada ao governo pela cadeia produtiva em janeiro

24 MAR 2014 • POR • 11h38

O diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Dornelles, revelou nesta segunda-feira, 24, que o governo está realizando pesquisas próprias para avaliar o impacto do aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, dos atuais 25% para 27,5%. Segundo ele, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) já comunicou que a medida prejudicaria o rendimento dos motores. O governo avalia, porém, que é preciso uma análise ainda mais técnica para se tomar uma decisão sobre o assunto. "Precisamos de uma resposta técnica", afirmou minutos antes do início do evento Sugar&Ethanol, que é realizado em São Paulo.

Conforme Dornelles, as pesquisas do governo estão a cargo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que está conversando com a indústria sucroalcooleira e outros técnicos. Ainda não há previsão de quando as análises do governo serão concluídas, complementou.

Leia Também

Dilma: procura por cursos do Sisutec aumenta quase 40% em relação a 2013

Violência aumentou com fim da lei contra a homofobia, dizem especialistas

Projeto de lei propõe TV a cabo e outras regalias para presos

Renato Aragão volta a ser internado

Nível do Cantareira fica estável em 14,6% da capacidade

A proposta de aumentar o limite máximo de mistura de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27,5%, foi levada ao governo pela cadeia produtiva em janeiro. A princípio, o governo viu a medida com bons olhos, pois isso diminuiria o volume de importação de gasolina e, consequentemente, traria alguma vantagem ao caixa da Petrobras. Para o setor, uma mistura de 27,5% contribuiria para o escoamento de produção, principalmente em um ano em que os Estados Unidos devem importar menos biocombustível.