Na Baixada, Padilha diz que Alckmin “é lento”

O ex-ministro da Saúde visitou cidades da Baixada e a redação do Diário do Litoral. O coordenador da Caravana Horizonte Paulista falou dos desafios do Estado

21 MAR 2014 • POR • 23h19

“O governador é lento para executar obras”. A declaração do ex-ministro Alexandre Padilha (PT) dá uma ideia do tom que o PT imprimirá na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, em outubro.

Com a experiência de ter passado pelos ministérios das Relações Institucionais e da Saúde, o médico, de 42 anos, está na Baixada Santista com a Caravana Horizonte Paulista e, de olho na disputa eleitoral, pontua o que considera as principais falhas do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e de como pretende revertê-las.

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Padilha cumpriu agenda ontem em Itanhaém, Praia Grande, Cubatão e Santos, onde visitou o Diário do Litoral, sendo recebido pelo diretor, Sergio Souza, e pela editora, Tatyane Casemiro. À noite, ele recebeu na Câmara a Medalha de Honra ao Mérito Brás Cubas, concedida pelo vereador Adilson Júnior (PT). Hoje, a Caravana Paulista encerra o ciclo na região com visitas a Guarujá e São Vicente.

A tônica desses encontros Alexandre Padilha: é a de evitar tom eleitoral — até para não ser acusado de propaganda antecipada — e, ao mesmo tempo, se expor e mostrar as falhas do PSDB, partido que comanda há 20 anos o maior estado da Federação. “Estive com o prefeito do PSDB de Itanhaém (Marco Aurélio Gomes) e com o prefeito do DEM de Bertioga (Mauro Orlandini)”, fez questão de ressaltar, durante o almoço em Praia Grande, organizado pela vereadora Janaina Ballaris (PT).

Em Praia Grande, além da militância petista, ele foi recepcionado pelo ex-prefeito Roberto Francisco (PSDB), vereadores e ex-vereadores.

Ao destacar a “lentidão” das obras de Alckmin, Alexandre Padilha disse que “na Baixada Santista e em todo o Estado, o PSDB é lento. O atual governador, no tempo todo em que governou o Estado, não concluiu as obras que precisava para melhorar o transporte coletivo na Baixada Santista. O governador é lento para executar obras”.

E citou um caso concreto: a Rodovia dos Tamoios, que “A cada eleição, desde 1994, a duplicação é prometida. Foi prometida em 1998, em 2002, em 2006 e 2010, e até hoje não foi feita”.

Ainda o quesito “lentidão”, o provável candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes citou outro caso: a construção do Metrô, na Capital. “Foi inaugurado em 1974, mesmo ano do metrô da Cidade do México. Lá, no México, hoje tem mais de 200 quilômetros de metrô. E, em São Paulo, pouco mais de 70”.

Turismo

Alexandre Padilha deu ênfase em seu discurso nas ações para fortalecer o Turismo na Baixada Santista “para dar mais oportunidade de emprego para os jovens”. Segundo ele, “se tem um tipo de economia que gera emprego é o Turismo. Precisamos fortalecer muito a economia do Turismo para dar oportunidade de emprego para os mais jovens e para as pessoas da melhor idade, que já se aposentaram e podem ser empreendedoras”.

Cubatão

A prefeita de Cubatão, Marcia Rosa (PT), empresários e comerciantes recepcionaram o coordenador da Caravana Horizonte Paulista. Um dos principais pedidos foi a melhoria dos acessos viários para a região.

Após ouvir relatos da prefeita sobre o setor de Saúde no Município, Padilha falou sobre o Programa Mais Médicos, implantado por ele em sua passagem no Ministério da Saúde que, em abril, atingirá a marca de 13 mil médicos atendendo em todo o País. “Temos que fazer o mesmo enfrentamento para a redução de filas de cirurgia e de exames no Estado de São Paulo”.