Votação mobiliza rodoviários hoje em Brasília

Categoria promete parar o País com uma greve geral caso o Congresso Nacional modifique o projeto original

18 MAR 2014 • POR • 10h58

Líderes sindicais de trabalhadores rodoviários de todo o País estarão mobilizados hoje, em Brasília, para acompanhar a votação, no Congresso Nacional, da nova lei dos motoristas. Eles querem a manutenção do projeto original que prevê descanso obrigatório entre as jornadas de trabalho.

Sindicalistas alegam que o Brasil poderá sofrer grave crise de desabastecimento, durante a Copa do Mundo, caso seja aprovado o projeto de lei 5943-2013, que descaracteriza a lei 12619/2012.

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A lei, que regulamenta a profissão de motorista, garantindo principalmente segurança nas estradas, pode ser mudada para atender interesses do agronegócio.

O alerta é do presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo, Valdir de Souza Pestana. Ele estará em Brasília, com sindicalistas rodoviários de todo o País, para acompanhar a votação, em regime de urgência, do projeto de lei.

“Se isso acontecer”, adverte Pestana, “sairemos dali e imediatamente traçaremos a estratégia de paralisação das estradas não por motivos econômicos ou reivindicatórios, mas apenas em defesa da vida”.

Também presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e região, ele defende que o projeto seja encaminhado às comissões permanentes da Câmara para melhor análise.

O sindicalista cita as comissões de Viação e Transportes (CVT), Trabalho, Administração e Serviços Públicos (CTASP) e Constituição, Justiça e Cidadania (CJC).
Pestana argumenta que a lei, quando projeto, tramitou nas instâncias do Legislativo federal. E defende que o mesmo aconteça, agora, com o projeto que pretende modificá-la.

Estarão em Brasília, nesta terça-feira, representantes da FNDL (Frente Nacional em Defesa da Lei), CNTTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres) e suas federações.

As centrais Força Sindical, Nova Central (NCST) e UGT (União Geral dos Trabalhadores) também estarão presentes, junto com sindicatos filiados de todo o País.