Casa das Anas abriga mulheres em Santos

Novo equipamento da Prefeitura tem capacidade para abrigar até 24 ex-moradoras de rua. O valor da verba anual que a Prefeitura custeará para manter o equipamento funcionando é de R$ 500 mil

23 JAN 2014 • POR • 10h41

Cinco mulheres vivem hoje uma realidade diferente da que estavam acostumadas. Ex-moradoras de rua, elas foram selecionadas para morar no novo equipamento da Prefeitura de Santos: a Casa das Anas.

O espaço destinado ao abrigo de até 24 pessoas em situação de rua, entre mulheres e crianças, foi inaugurado ontem. Na cerimônia, estiveram presentes o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, o vice-prefeito, Eustázio Alves Pereira Filho, a secretária de Assistência Social, Rosana Maria Russo, além de representantes da ONG Vidas Recicladas, que administrará o equipamento.

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As cinco Anas passam a viver em uma casa com seis quartos, que acomodam quatro pessoas cada, dois banheiros, além das áreas comuns como sala de estar e cozinha. Quatro das cinco mulheres têm um filho. O equipamento, então, já é ocupado por nove pessoas, restando 15 vagas.

No local, são desenvolvidos atendimentos e oficinas para promover a reinserção dessas mulheres à sociedade. A coordenadora da Casa das Anas, Cristina Coninck explica que as assistidas têm seis meses para permanecer no equipamento, podendo renovar esse prazo por mais seis meses. A expectativa é de que dentro de um ano elas já estejam trabalhando e com condições de viver com independência.

De acordo com a secretária Rosana Russo, as cinco mulheres que já moram na Casa das Anas foram retiradas de abrigos da Prefeitura. “A nossa intenção é separar as mulheres para que elas possam cuidar dos seus filhos tranquilamente e consigam criar habilidades, com as oficinas que a ONG vai oferecer, para voltarem ao mercado de trabalho e criarem independência”, ressalta a chefe da pasta.

O equipamento conta com a verba anual de R$ 500 mil da Prefeitura de Santos, que supervisiona e monitora o trabalho da ONG com as ex-moradoras de rua. O endereço não é divulgado para proteger as mulheres que sofram ameaças de qualquer natureza.