Ditador norte-coreano não sinaliza mudança política em discurso de Ano Novo

Ele afirmou que as duas Coreias devem melhorar as relações, mas culpou os "maníacos de guerra" na Coreia do Sul e nos Estados Unidos por minarem os esforços de paz

1 JAN 2014 • POR • 13h04

O ditador norte-coreano, Kim Jong Un, fez um pronunciamento de Ano Novo na televisão nesta quarta-feira em que enalteceu a execução do seu tio e não sinalizou mudanças na política.

Similar ao seu primeiro discurso de Ano Novo, ele afirmou que as duas Coreias devem melhorar as relações, mas culpou os "maníacos de guerra" na Coreia do Sul e nos Estados Unidos por minarem os esforços de paz.

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As mensagens de Ano Novo da Coreia do Norte são monitoradas para detectar indícios de mudanças nas prioridades do regime, mas pouco mudaram desde que Kim Jong Un assumiu o poder no fim de 2011.

Sob o comando de seu pai, Kim Jong Il, as mensagens apareciam como comunicados na mídia estatal. Mas no ano passado, o novo líder retomou a prática de discursar, como fazia seu avô, Kim Il Sung, o primeiro líder norte-coreano, até 1994.

No início do pronunciamento de 25 minutos, Kim citou a execução de seu tio, Jang Song Thaek, em dezembro como uma medida para garantir que a consolidação do partido governista. Jang, então uma autoridade sênior do regime, foi acusado de ameaçar um golpe de Estado e administrar mal os interesse econômicos, além de outros crimes.

Analistas estão divididos sobre se a execução levará a um período de instabilidade no regime ou ajudará a assegurar o poder de Kim. "Nós devemos intensificar a educação ideológica das autoridades, membros do partido e outros trabalhadores para garantir que eles pensem e ajam em todos os momentos e lugares em linha com as ideias e intenções do partido", disse Kim.