Aeronaves dos EUA são atacadas no Sudão do Sul e três ficam feridos

A violência no Sudão do Sul nos últimos dias já deixou centenas de mortos e líderes mundiais temem que uma guerra civil esteja começando. O país recém criado se separou do Sudão em 2011

21 DEZ 2013 • POR • 13h41

Rebeldes do Sudão do Sul atiraram neste sábado contra duas aeronaves militares dos Estados Unidos, ferindo três norte-americanos. As unidades se dirigiam para a cidade de Bor, capital do Estado de Jonglei, onde o governo enfrenta desertores do exército que assumiram o controle da região.

Segundo fontes, um dos norte-americanos feridos está em estado grave. Após o ataque, as aeronaves fugiram para Kampala, em Uganda, de onde os feridos foram levados para Nairóbi, no Quênia, para receber tratamento médico. De acordo com pessoas com conhecimento do assunto, as aeronaves seriam do modelo Osprey, que pode voar como helicóptero e avião.

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O porta-voz militar do Sudão do Sul, coronel Philip Aguer, disse que as tropas do governo não têm o controle de Bor, então o ataque às aeronaves norte-americanas só pode ter sido realizado pelos rebeldes. "Bor está sob o controle das forças de Riek Machar", afirmou, se referindo ao ex-vice-presidente do país, da etnia Nuer, deposto do cargo em julho.

O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit, da etnia Dinka, disse esta semana que uma tentativa de golpe orquestrada por Machar desencadeou uma onda de violência étnica no país. Suspeita-se, entretanto, que a confusão começou com uma briga entre os membros Nuer e Dinka da própria guarda presidencial.

A violência no Sudão do Sul nos últimos dias já deixou centenas de mortos e líderes mundiais temem que uma guerra civil esteja começando. O país recém criado se separou do Sudão em 2011, após um referendo. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta sexta-feira que a violência resultante da disputa política pode afetar não somente o Sudão do Sul, mas outros países da região.

Esta semana o presidente dos EUA, Barack Obama, ordenou o envio de tropas para proteger a embaixada do país na capital do Sudão do Sul, Juba. A unidade organizou pelo menos cinco operações de emergência para retirar cidadãos norte-americanos da região. Outros países, como Reino Unido, Alemanha e Itália também estão retirando seus cidadãos do país.