São Paulo faz 78 anos em temporada inesquecível negativamente

As razões do ano atípico mudam de acordo com quem tenta enumerá-las. A mais citada é a de que o planejamento, liderado por Adalberto Baptista, foi muito mal feito

16 DEZ 2013 • POR • 11h31

O São Paulo completa nesta segunda-feira 78 anos de sua refundação - 16 de dezembro é, para alguns, sua data oficial de aniversário. A não ser para lembrar o passado e pela efeméride em si, porém, o momento não está na história do clube entre os mais propícios para se comemorar, depois de uma temporada sofrível, na qual o time correu alto risco de rebaixamento à segunda divisão.

Uma temporada digna de se esquecer. Ou o contrário, como diz Muricy Ramalho, um dos principais responsáveis por salvar o time da queda. "Não é para se esquecer. Tem que se lembrar. Tem que lembrar o quão ruim foi para não se repetir", argumenta o treinador, que renovou seu contrato por dois anos na esperança de dias melhores.

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Além da campanha fraquíssima na competição nacional, em especial no primeiro turno, o São Paulo acumulou fracassos na Copa Libertadores (classificou-se na última rodada da fase de grupos e foi eliminado logo no começo do mata-mata), no Campeonato Paulista, na Copa Suruga, na Recopa Sul-americana (perdeu para o Corinthians) e na Sul-americana (caiu para a Ponte Preta, rebaixada no Brasileiro).

As razões do ano atípico mudam de acordo com quem tenta enumerá-las. A mais citada é a de que o planejamento, liderado por Adalberto Baptista, foi muito mal feito. Também foi do ex-diretor de futebol a ideia de usar a passagem pela Europa - antes da disputa da Suruga, no Japão - para participar de torneios amistosos na Alemanha e em Portugal. O resultado disso foi uma piora considerável no condicionamento físico do elenco no segundo semestre.

Presidente do clube até abril de 2014, quando será eleito seu substituto, Juvenal Juvêncio prefere criticar a falta de comprometimento de alguns atletas. "Eu esperava mais. Não foi por isso, não foi por aquilo. Não falemos nomes, sejamos generosos. Mas algumas peças não foram bem. Custaram suor, sacrifício, ousadia dos dirigentes. Custaram os cofres, mas não corresponderam", opinou, recentemente, eximindo-se de culpa.

O aniversário do clube, nesta segunda-feira, será o último de Juvenal na presidência. Após três biênios consecutivos - sem considerar a gestão de 1988 a 1990 -, ele será substituído pelo ex-presidente e seu aliado Carlos Miguel Aidar ou por Kalil Rocha Abdalla, ex-diretor jurídico que deixou a situação para lançar chapa oposicionista com o ex-superintendente Marco Aurélio Cunha.

Há 78 anos, o clima era diferente, muito mais festivo e de união. Em 16 de dezembro de 1935, a coletividade são-paulina se reunia para reerguer o clube fundado em 1930 (por dissidentes do Clube Athlético Paulistano e da Associação Athlética das Palmeiras), que estava inativo havia meses em função de desavenças políticas, mas ressurgiu por aindar despertar um sentimento em comum.