Para aceitar Lúcio, Verdão vai usar "papo reto" que mudou Valdivia

O zagueiro ainda tem um ano de contrato com o São Paulo, mas o clube não deve impor dificuldades para liberá-lo, já que ele desrespeitou Ney Franco publicamente

13 DEZ 2013 • POR • 16h29

Lúcio volta a estar entre os pretendidos pelo Palmeiras, mas, diferentemente do ano passado, tem como entrave os atos de indisciplina que o deixaram sem jogar no São Paulo durante todo o último semestre. Para saber se vale a pena apostar no veterano, contudo, Paulo Nobre conta com uma fórmula: repetir o “papo reto” que adotou com Valdivia ao assumir a presidência, em janeiro.

“Não existe nenhum preconceito, ninguém tem bola preta para vir para o clube, mas, obviamente, teremos uma conversa direta e franca com os jogadores que têm problema”, afirmou o mandatário do Verdão, sem negar nem confirmar oficialmente o interesse no defensor do Tricolor.

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Lúcio ainda tem um ano de contrato com o São Paulo, mas o clube não deve impor dificuldades para liberá-lo. O zagueiro desrespeitou Ney Franco publicamente e, internamente, também Paulo Autuori, sendo afastado de imediato pela diretoria. Em sua chegada, Muricy Ramalho foi avisado para nem contar com o atleta por conta de seu temperamento.

Valdivia iniciou 2013 com problema diferente: no ano passado, em meio à briga contra o rebaixamento, escapou de agressão de Marcos Assunção porque se considerava no clube que lhe faltava comprometimento para se recuperar de lesões. Nos dias seguintes aos que se tornou presidente, Nobre teve o que chamou de “papo reto” com o chileno e ficou convencido de que, nesta temporada, não lhe faltaria motivação.

Embora desfalque em todos os jogos decisivos do time em 2013, o atleta mais caro do elenco virou presença mais frequente em campo no segundo semestre. Por isso, a diretoria crê na conversa diante de qualquer dificuldade extracampo. “Vamos tratar qualquer um da mesma maneira que tratamos qualquer jogador que tenha problema de conduta no Palmeiras. É a nossa prática”, falou Nobre.

Lúcio já foi um pedido de Gilson Kleina a Arnaldo Tirone, antecessor de Nobre, que tentou vencer a disputa com o São Paulo ligando para o zagueiro no momento em que ele assinava o contrato com o clube do Morumbi. Na época, faltava dinheiro ao Palmeiras para trazer o titular da Seleção nas três últimas Copas.

Hoje, o Verdão ainda tem dificuldades financeiras, mas Lúcio já não está tão caro porque se desvalorizou em sua passagem pelo São Paulo. Se convencer Nobre de que poderá ser disciplinado e aceitar o contrato de produtividade, no qual receberia salário menor e prêmios maiores do que o comum, será um dos reforços para o centenário. “Todo bom jogador tem espaço no Palmeiras, desde que as partes entrem em acordo”, limitou-se a dizer o presidente.