Em 2013, produção de carros deve voltar a crescer

A previsão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores é de números próximos a 3,5 milhões de veículos.

5 JAN 2013 • POR • 06h30

A produção de veículos deve apresentar recuperação de 4,5% este ano, depois do fracasso de 2012, quando registrou a primeira queda em uma década. O setor deve contar com a redução das importações e principalmente com atividades mais intensas de fábricas recém-inauguradas.

A previsão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) é de números próximos a 3,5 milhões de veículos. "Com as novas fábricas e os lançamentos de vários de entrada (antes chamados de populares) haverá um reforço na produção", diz Paulo Garbossa, diretor da consultoria ADK. No último trimestre foram inauguradas as fábricas da Toyota e da Hyundai em São Paulo. Marcas já instaladas estão ampliando capacidade produtiva.

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Pelas contas da Anfavea, 2012 deve ter fechado com produção de 3,36 milhões de veículos, 1,5% a menos que em 2011. O dado será divulgado na segunda-feira (07). Até novembro, a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus somava 3 milhões de unidades, uma queda de 2,1% na comparação com igual período de 2011. Em novembro, a produção caiu 5,3% ante outubro. Nos dados do IBGE, o segmento de veículos automotores inclui autopeças.

O Brasil deve cair para a oitava posição na lista dos maiores fabricantes mundiais de veículos. Nos dois últimos anos ocupou o sétimo lugar. Em vendas, o País é o quarto maior mercado, posição conquistada em 2010 e que deve ser confirmada em 2012, após o recorde de 3,8 milhões de unidades vendidas, com crescimento de 4,65% ante 2011.

Segundo Garbossa, as novas fábricas e as já instaladas investiram em carros compactos, que representam o maior volume de vendas no Brasil. Parte desses modelos vai concorrer com carros antes importados. "Veículos recém-lançados nessa faixa já estão mostrando que têm fôlego", diz. O Hyundai HB20 foi o sétimo mais vendido em dezembro e o Chevrolet Onix o oitavo.

Garbossa ressalta que a importação seguirá com dificuldades em razão da sobretaxa de 30 pontos porcentuais do IPI e das cotas estabelecidas para carros do México. A entrada em vigor do Inovar-Auto, programa que estabelece vantagens para os projetos locais, também vai colaborar para a recuperação da produção.