Déda era aliado importante de Lula e Dilma no Nordeste

O governador sergipano estava internado desde maio deste ano para tratamento contra um câncer de estômago, diagnosticado em 2012

2 DEZ 2013 • POR • 12h51

O governador sergipano, Marcelo Déda (PT), morreu na madrugada desta segunda-feira, 02. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, que registrou como hora do óbito 4h45. Déda tinha 53 anos. Um câncer em seu estômago foi diagnosticado em 2012. Desde maio deste ano, ele estava internado para tratamento.

Durante o governo do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, Déda foi um importante aliado dele no Nordeste e também estava sendo para a presidente Dilma Rousseff. Déda, que casou duas vezes, deixa três filhas (do primeiro enlace) e dois filhos (do segundo casamento, com Eliane Aquino).

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No início de agosto deste ano, em uma das suas voltas a Aracaju após tratamento de um câncer gastrointestinal na capital paulista, Déda usou o Twitter para mostrar sua satisfação por retornar para casa depois de passar mais de dois meses internado em São Paulo.

"Não me canso de olhar o rio e o mar e de sentir um suave vento Sul refrescar minha face, enxugar minhas lágrimas, inflar meu coração de amor", declarou o governador na ocasião. Agora, quando voltar para a sua terra natal, o vento ainda soprará, mas ele não poderá inflar seu coração de amor.

Em outubro de 2009, Déda já havia retirado um nódulo benigno no pâncreas. O advogado e flamenguista Déda nasceu em 11 de março de 1960, na cidade de Simão Dias. Foi deputado estadual (1986-1990), deputado federal (1994-2000), prefeito de Aracaju (2001-2006) e governador de Sergipe (desde 2007).

Na juventude, Déda participou do movimento estudantil. Em 1979, começou a trabalhar com seus companheiros na criação do PT. Segundo a biografia do político no site oficial do governo sergipano, Déda, com uma câmara Super 8, filmou em 1981 a segunda visita de Lula ao Estado.