Infraero: quebra do monopólio estatal fez bem à empresa

"Na medida em que concedemos os aeroportos mais rentáveis, a Infraero tem a responsabilidade com os outros aeroportos", explicou o presidente da Infraero, Gustavo do Vale

26 NOV 2013 • POR • 13h46

O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, disse nesta terça-feira, 26, que a estatal aprendeu muito com as concessionárias dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas do ponto de vista de gestão e de atendimento aos passageiros. "A quebra do monopólio estatal fez bem à Infraero", afirmou durante 1º Seminário de Operadores de Aeroportos Brasileiros, evento que reúne em Brasília os três operadores privados mais a estatal brasileira.

Ele disse que as outorgas pagas pelas concessionárias ao governo brasileiro têm permitido à estatal capacidade para investir nos outros aeroportos que não foram concedidos à iniciativa privada. É do Fundo de Aviação Civil também que virão os recursos para custear os investimentos nos aeroportos regionais, segundo Vale. "Na medida em que concedemos os aeroportos mais rentáveis, a Infraero tem a responsabilidade com os outros aeroportos", explicou.

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O seminário tem como tema os 200 dias que faltam para o início da Copa do Mundo no Brasil. O presidente da Infraero fez um balanço da situação das obras nas 12 cidades sede do Mundial. De acordo com ele, dos R$ 4,8 bilhões de investimentos programados, R$ 2,5 bilhões já foram gastos nas 27 obras em andamento e em outras 16 que foram concluídas. "Os investimentos dos sócios privados não são diferentes desses números", disse.

Sobre a concessão dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG) na semana passada, Vale disse que a transição se dará da mesma forma como foi feita nos terminais de Guarulhos, Viracopos e Brasília. "'A sociedade brasileira nem tomou conhecimento da forma como os aeroportos foram passados à iniciativa privada em fevereiro", afirmou. Ele disse que, durante a Copa do Mundo, a administração desses dois aeroportos ainda será da Infraero, mas já contará com a presença de "dois maiores operadores do mundo".