Sem Libertadores, aumenta a chance de Rogério Ceni se aposentar

O goleiro se mantém em silêncio quando o assunto é o fim da carreira, mas a expectativa pela renovação cresceu desde que o técnico Muricy Ramalho chegou e o time voltou a ganhar

22 NOV 2013 • POR • 01h01

Uma possível eliminação na Copa Sul-Americana pode custar mais do que a vaga na Copa Libertadores em 2014 ao São Paulo. Para boa parte dos principais dirigentes do clube ouvidos pela reportagem, a não classificação para a competição continental pode ser decisiva para o goleiro e capitão Rogério Ceni decidir se aposentar mesmo.

Rogério Ceni se mantém em silêncio quando o assunto é o fim da carreira, mas a expectativa pela renovação cresceu desde que o técnico Muricy Ramalho chegou e o time voltou a ganhar. No ano passado, a chance de disputar a sua então última Libertadores pesou para que o goleiro continuasse jogando. Na opinião dos diretores, o filme possivelmente se repetiria caso a equipe tricolor conseguisse nova classificação.

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"O ano foi horroroso, mas o Rogério está ainda melhor. Acredito que isso possa pesar, mas jogar a Libertadores certamente seria um brilho a mais na hora de decidir. Já não sei mais o que pensar", afirmou um dos principais interlocutores do presidente Juvenal Juvêncio, que vem conversando frequentemente com o goleiro para convencê-lo a renovar contrato. "Não dá para avaliar que tipo de peso terá a classificação ou não, isso é muito pessoal. Queremos que ele renove", disse o vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes.

Por enquanto, o goleiro não abre o seu futuro para ninguém. A reflexão sobre o tema é tamanha que nem mesmo os familiares sabem o que ele pretende fazer. "Tenho até medo de ele pedir uma opinião para mim e tomar alguma decisão baseada no que eu falar, porque sei que ele me escuta", disse Eurydes Ceni, pai do goleiro.

A "boa" notícia para os são-paulinos é que, para quem mais intimamente conhece o jogador, outro fator será levado em conta por ele na hora de decidir. "Acredito que ele vai pesar muito os prós e contras e já vem fazendo isso. Se perceber que pode jogar bem mais um ano, pode continuar. A Libertadores de repente pode ser um prêmio a mais para ele, quem sabe?", afirmou Eurydes. A torcida reza para que ele tenha razão.

Otimismo

Mesmo sabendo da dificuldade na semifinal da Sul-Americana, Muricy Ramalho garantiu: "Não vamos jogar a toalha". Ele comparou a situação com a vivida pelo São Paulo no Campeonato Brasileiro quando chegou ao clube. Na ocasião, o time estava afundado na zona de rebaixamento, mas conseguiu bons resultados consecutivos e hoje é o melhor paulista na competição, em oitavo.

"É uma situação também muito difícil, o rebaixamento era complicado. Estávamos quase lá e esse time deu a volta. Pode ser que chegue nesse segundo jogo e possa surpreender. No futebol tudo pode acontecer, não vamos jogar a toalha, não", declarou o técnico.