Emprego na indústria deve terminar 2013 com queda forte, projeta Iedi

O IBGE divulgou que o emprego na indústria recuou 0,4% na passagem de agosto para setembro, na série livre de influências sazonais segundo o IBGE

12 NOV 2013 • POR • 15h21

O emprego industrial deve fechar o ano de 2013 em queda, aprofundando a retração de 1,4% registrada no ano passado, disse o economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rogério Cesar de Souza. Para ele, a taxa deve ficar entre -1% e -1,4%.

Os resultados de setembro, divulgados nesta terça-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas confirmaram o que já era esperado pelos analistas. Nem a sequência de 24 quedas no índice mensal (fechando dois anos em que o indicador do mês ante igual mês do ano anterior é negativo) causou espanto. "Nós lamentamos, mas não tem surpresa nenhuma", disse.

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O IBGE divulgou que o emprego na indústria recuou 0,4% na passagem de agosto para setembro, na série livre de influências sazonais segundo o IBGE. Na comparação com setembro de 2012, o emprego industrial apontou uma queda de 1,4%. No acumulado de 2013, os postos de trabalho na indústria recuam 0,9%. Em 12 meses, o emprego industrial acumula queda de 1,0%.

O cenário só não é pior, de acordo com Souza, porque alguns setores são alvo de medidas de estímulo e de desonerações do governo, como é o caso de bens de capital e de consumo duráveis, que têm impulsionado a produção. Mesmo assim, ao analisar o emprego nesses setores, alguns apresentam queda, como é o caso de máquinas e equipamentos. "Está evidente que, apesar do esforço do governo, as medidas de estímulo não estão mais fazendo efeito", disse.

Enquanto analistas têm apontado para um possível desaquecimento no mercado de trabalho nos próximos meses, o economista-chefe do Iedi avaliou que a indústria antecipou essa tendência. Ele ressaltou ainda que a perspectiva de novos rumos para a indústria se concretizará apenas se os reais problemas do setor forem atacados. "O problema da indústria é estrutural." No curto prazo, entretanto, ele afirma que não dá para esperar uma recuperação mais contundente.