Financiamento de veículos tem nova queda em setembro

O total de recursos liberados entre janeiro e setembro foi de R$ 83,6 bilhões, enquanto em igual período de 2012, R$ 88,4 bilhões

11 NOV 2013 • POR • 12h25

O saldo do financiamento de veículos acumula queda de 4,6% nos últimos 12 meses. Em setembro, a retração das carteiras de CDC e Leasing foi de 0,5%, segundo dados do boletim da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras). Em setembro de 2012, o saldo era de R$ 243,3 bilhões, enquanto no mesmo mês deste ano alcançou R$ 232,1 bilhões.

O total de recursos liberados entre janeiro e setembro foi de R$ 83,6 bilhões, enquanto em igual período de 2012, R$ 88,4 bilhões. Sobre a liberação de recursos por meio de CDC, foram concedidos R$ 9 bilhões em setembro, volume 6% inferior a agosto, que registrou R$ 9,5 bilhões, e 18% superior em relação a igual mês do exercício passado.

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Inadimplência

Durante setembro, a falta de pagamento de contratos de financiamento (CDC) acima de 90 dias seguiu em queda para pessoa física, atingindo 5,7%. A redução foi de 0,1 p.p, comparado a agosto (5,8%), e de 1,4 p.p., em doze meses, sendo que a inadimplência era de 7,1% no mesmo mês de 2012.

Os atrasos acima de 15 dias, para CDC pessoa física, sofreram elevação em setembro, ficando em 8,0%, contra 7,8% em agosto. No acumulado dos últimos doze meses foi registrada baixa de 1,0- p.p., sendo que em setembro de 2012, a falta de pagamento com menos de 90 dias era de 9%.

Para a ANEF, as alterações nas políticas de crédito dos bancos, realizada principalmente no primeiro semestre de 2012, refletiu na retração da inadimplência. “Uma nova safra passou a fazer parte da carteira de financiamento de veículos. Esses consumidores possuem uma performance de pagamentos melhor, o que traz de volta a expectativa de que os bancos possam diminuir parcialmente as restrições e ampliar a oferta de crédito”, afirmou o presidente da entidade, Décio Carbonari de Almeida.

Juros

Os bancos de montadoras mantiveram a taxa média de juros de 1,27% a.m e de 16,35% a.a, durante setembro. Ao mesmo tempo, a ponderação média das taxas praticadas pelo mercado (bancos de varejo) no financiamento de veículos saltou de 1,59% a.m e 20,9% a.a, para 1,62% a.m e 21,2% a.a, respectivamente, no CDC para pessoa física. No CDC para pessoa jurídica, as taxas médias passaram de 1,31% a.m e 16,9% a.a, durante setembro, para 1,33% a.m e 17,2% a.a. A taxa Selic também se manteve estável no período, em 0,72% a.m e 9% a.a.

Modalidades de pagamento

As vendas de automóveis e comerciais leves durante o terceiro trimestre de 2013 acentuaram a diminuição de pagamentos à vista, alcançando os 37%. Em igual período de 2012, essa modalidade representava 39% dos negócios. O consórcio manteve a participação de 8% dos pagamentos, e as vendas financiadas por meio de CDC, que eram de 51% no ano passado, saltaram para 53%. O Leasing manteve-se como opção em apenas 2% das vendas.

Na comercialização de veículos comerciais, o Finame foi responsável por 78% das aquisições, ante 75% de 2012. As vendas à vista caíram de 11% para 10%; o consórcio manteve-se estável em 2%; a venda financiada (CDC) passou de 10% para 9%; e o Leasing, de 2% para 1%.

Entre as motos, no trimestre anterior as vendas eram divididas em 25% à vista, 40% financiadas e 35% por meio do consórcio. Entre junho e setembro de 2013, as vendas à vista subiram para 28%, os financiamentos baixaram para 35% e o consórcio saltou para 37%.