Efeito da parada de Belo Monte é desconhecido, diz Aneel

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, determinou na última sexta-feira, 25, nova paralisação das obras da usina por ilegalidade no licenciamento

29 OUT 2013 • POR • 12h34

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse nesta terça-feira, 29, que ainda não é possível saber se as paralisações das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, atrasarão a entrada em funcionamento do empreendimento, como ocorreu no caso da Usina de Jirau. Ainda assim, disse ele, a agência reguladora enviou à Norte Energia - empresa responsável pela construção e operação da usina - um ofício indagando se seus dirigentes estimam alguma postergação no início do fornecimento de energia pela usina. "Precisamos saber se já caracteriza um atraso para calibrar o prazo de entrada em funcionamento da linha de transmissão de Xingu-Estreito, cujo edital de leilão deve ser aprovado dentro de um mês", disse.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, determinou na última sexta-feira, 25, nova paralisação das obras da usina por ilegalidade no licenciamento. O desembargador Antonio Souza Prudente anulou o licenciamento ambiental e o das obras de execução do empreendimento até o efetivo e integral cumprimento das condicionantes estabelecidas na licença prévia. Com isso, ficam sem efeito as licenças de instalação e as autorizações de supressão de vegetação já emitidas ou que venham a ser emitidas antes do cumprimento das condicionantes. Na mesma decisão, o tribunal desautorizou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a fazer repasses financeiros à hidrelétrica antes do cumprimento de condicionante social e ambiental.

Leia Também

São Paulo é a mais atendida na 2ª fase do Mais Médicos

Brasil sobe em ranking de negócios do Banco Mundial

Entidades de SP devem ir ao STF contra aumento no IPTU

TRF manda parar obras em Belo Monte

Diesel e gasolina são foco principal de metodologia de reajuste da Petrobras

Desde o início da obra, em junho de 2011, o empreendimento já enfrentou várias paralisações, ora por causa de manifestações - indígenas, trabalhistas e de ambientalistas - ora por ordem judicial, contabilizando cerca de 100 dias de paralisações. Com essa, já ocorreram 15 paralisações da obra.