Petroleiros mantêm greve contra leilão e por reajuste

Categoria está mobilizada e promete intensificar neste final de semana as manifestações

19 OUT 2013 • POR • 14h44

Os trabalhadores petroleiros mantêm, pelo terceiro dia consecutivo, em greve nacional por tempo indeterminado. A categoria protesta contra o leilão de libra – agendado para a próxima segunda-feira – e também reivindica uma nova proposta de Acordo Coletivo de Trabalho da Petrobras. A luta é também para barrar o PL 4330, que legaliza a terceirização nas atividades fins, representando um duro ataque aos trabalhadores de todo o país.

Na Baixada Santista, a categoria manteve ontem a paralisação com atraso de três horas na entrada ao trabalho na Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão e nas demais unidades do litoral paulista.

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Federação dos Petroleiros acusa direção de refinarias de assédio moral, insegurança gerencial e até mesmo cárcere privado em diversas unidades. E também denuncia a instabilidade causada pelo anúncio de que o governo Dilma enviará tropas do Exército e da Força Nacional para o local em que acontecerá o leilão de Libra, no Rio de Janeiro. Diz tratar-se de uma postura claramente antidemocrática.

A entidade sindical diz que o Governo está, com isso, lançando mão de todas as ações possíveis (inclusive, repressivas) para garantir a realização da maior privatização da história do país – superior até mesmo a todas as privatizações do governo neoliberal de FHC nos anos 1990. “Dilma está colocando à venda o equivalente a uma Petrobrás”, diz a nota da federação.

Todas as atenções da categoria, que ontem promoveu protestos em São Paulo e em várias partes do País, se concentra agora no Rio de Janeiro, onde será realizado o leilão, na próxima segunda- feira.

Categoria tenta evitar, na justiça, a realização do leilão e o Governo prepara esquema de segurança no local.

Sindipetro mantém atrasos de 3h no litoral

O Sindipetro Litoral Paulista manteve ontem os atrasos de 3h no início do expediente dos trabalhadores de turno na RPBC, em Cubatão, e na UTGCA, em Caraguatatuba, onde a adesão foi de 100% do turno e 80% do ADM.

Boa parte dos trabalhadores do ADM da RPBC também participou do atraso, que contou com diversas intervenções de trabalhadores petroleiros da base.

Nas plataformas de Merluza e Mexilhão, na Bacia de Santos, os trabalhadores estão atrasando, por tempo indeterminado, no início do dia, a emissão de PT (Permissão de Trabalho) em três horas.

Na noite de ontem a categoria se encontrava reunida em assembleia para decidir sobre os rumos do movimento e se haveria adesão em tempo integral na greve, seguindo o mesmo esquema da greve em nível nacional. Outrra decisão era sobre as manifestações da categoria , na próxima segunda-feira.