Empreendedora supera fome para brilhar com semijoias

Hoje com 35 anos, ela percebeu cedo que, ou lutava para fazer dinheiro, ou seria engolida pelas adversidades de uma vida escassa

A empresária Mirella Souza, que tem uma fábrica de semijoias, é um "sinônimo" de superação. Residente em Santos, ela nasceu em Porto dos Gaúchos, no Mato Grosso, e passou por maus bocados. Houve dias em que sua mesa, na hora do almoço, ou do jantar, ficava vazia. No entanto, sua vida mudou com o empreendedorismo, tornando-a um exemplo de vencedora para este Dia Internacional da Mulher, que foi comemorado na última quarta-feira (8).

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Hoje com 35 anos, a mato-grossense percebeu cedo que ou lutava para fazer dinheiro, ou seria engolida pelas adversidades de uma vida humilde e, muitas vezes, escassa. Então, aos 15 anos, resolveu que sua trajetória mudaria.

"Eu não tinha renda nem conta bancária. Passei fome e mudei de casa por não ter condição de pagar aluguel. Era uma situação precária. Mas, decidi trabalhar e abrir meu negócio", diz ela.

Mesmo sem mentores, a empreendedora foi crescendo e avançando no nicho que escolheu. Logo, surgiu a Neffertiti, uma fábrica atacadista de semijoias. E com o passar dos anos, a empresa cresceu e se tornou destaque, chegando a 11 países: Portugal, França, Reino Unido, Suíça, Bélgica, Luxemburgo, Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Japão e Argentina.

"Temos diferenciais incríveis. Todas as nossas semijoias possuem certificado de garantia vitalícia de banho e um ano na pedraria. Somos a primeira empresa do Brasil a fornecer certificado em cada semijoia", frisou Mirella, que negocia seu produto com revendedores. "Também damos cursos gratuitos, para que nossos clientes consigam vender mais".

Vinte anos depois daquele início sofrido, ela prosperou em seu caminho e ainda espera ir além. "Queremos crescer e ajudar pessoas a realizarem seus sonhos. A minha situação poderia ser vista por muitos como impossível, mas consegui. Quero contribuir, para que outras pessoas, em situações como a que eu vivi, vençam".