Mulher acusada de colaborar com o Holocausto vai a julgamento

A Alemanha luta contra o tempo para julgar os últimos acusados de crimes ocorridos durante a Segunda Guerra  

Irmgard Furchner, de 96 anos, foi à júri na cidade de Itzehoe, na Alemanha, sob acusação de cometer crimes de guerra durante a Segunda Guerra Mundial. Ela foi detida após fugir nas vésperas de sua primeira audiência no mês passado.

Conforme a acusação, a mulher contribuiu para o assassinato de 11.412 pessoas quando era datilógrafa no campo de concentração de Stutthof, na Polônia, entre 1943 e 1945. 

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Devido à idade avançada, ela foi levada ao tribunal de cadeira de rodas. O rosto da acusada estava escondido por trás de uma máscara e um lenço de cabelo puxado sobre seus olhos. A segurança no tribunal foi reforçada. 

O julgamento havia sido adiado depois que Furchner tentou fugir no dia 30 de setembro, mas foi detida no final do mesmo dia. Ela foi julgada em um tribunal para adolescentes, por causa da sua pouca idade na época de seus supostos crimes, 18 anos.

Ela é a mais recente nonagenária a ser acusada de crimes da época do Holocausto. A Justiça da Alemanha está em uma corrida para utilizar a oportunidade final de fazer justiça às vítimas da Segunda Guerra Mundial.

Embora os promotores tenham condenado os principais indivíduos nos Julgamentos de Frankfurt Auschwitz, nos anos 1960, a prática até os anos 2000 era deixar os suspeitos de baixo escalão em paz.