Família Schurmann visita Instituto Arte no Dique em Santos

ONG foi escolhida entre várias instituições pela família

2 SET 2021 • POR • 22h01
Família Schurmann é a primeira família a dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro - Divulgação/Família Schurmann

A Baixada Santista recebe a Voz Dos Oceanos, liderada pela Família Schurmann, com o apoio mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. A primeira família a dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro e tripulação da expedição permanecem na região até o dia 9 de setembro, totalizando 10 dias de estadia. Dentro da programação, está confirmada a visita da Família Schurmann e da tripulação da Voz dos Oceanos ao Instituto Arte no Dique, em Santos, onde conhecerão pessoalmente as iniciativas desenvolvidas que integram arte à consciência ambiental. A família estará na instituição no dia 8 de setembro, chegando às 10h e deve ficar até por volta das 15h.

Vale lembrar que Santos é a primeira parada brasileira da Voz dos Oceanos, iniciada em 29 de agosto, com a partida do veleiro Kat de de Balneário Camboriú, Santa Catarina. Com expedição, a tripulação irá testemunhar e registrar, in loco, o que está acontecendo nos oceanos; navegar em busca de soluções inovadoras, e conscientizar e a engajar as pessoas ao redor do mundo para a necessidade de ações urgentes.

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Além de Balneário Camboriú e Santos, na costa brasileira, Voz dos Oceanos passará ainda por Ilhabela, Ubatuba, Paraty, Rio de Janeiro, Búzios, Vitoria, Abrolhos, Salvador, Recife e Fernando de Noronha. Concluída em dezembro deste ano a etapa nacional, a expedição segue por locais estratégicos no planeta, como ilhas do Caribe, costa atlântica dos Estados Unidos, México, Panamá, Galápagos, ilhas do Oceano Pacífico, Polinésia e Nova Zelândia. No total serão 60 destinos nacionais e internacionais e uma rota que inclui ainda alguns pontos dos mares, onde os mais variados itens de plástico se acumulam, vindos de diferentes partes do mundo por meio das correntes marítimas.

Sobre o Arte no Dique

28 de novembro de 2002. Nessa data foi lançada a pedra fundamental do Instituto Arte no Dique. Passados 19 anos, mais de 15 mil pessoas, em grande parte moradores do Dique da Vila Gilda, em Santos, frequentaram as oficinas da instituição, tiveram acesso à cultura e à arte. "Cultura como um todo", como costuma dizer o presidente da ONG, José Virgílio Leal de Figueiredo, já que o Arte no Dique trabalha, com seus colaboradores, alunos, frequentadores, parceiros, a questão da cidadania. Desde a entrega semanal de leite para a comunidade, até as oficinas de percussão (que deram início ao projeto), violão, dança, informática, customização, as exibições de filmes seguidas de debates, shows. Artistas de renome como Gilberto Gil, Moraes Moreira, Sergio Mamberti, Lecy Brandão, Wilson Simoninha, Hamilton de Holanda, Armandinho Macedo, Luiz Caldas, Geraldo Azevedo, Luciano Quirino, entre outros, já se apresentaram no espaço.

Diariamente, cerca de 600 pessoas (antes da pandemia) participam do projeto, que tem a missão de oferecer oportunidade de transformação e desenvolvimento humano e social a crianças, adolescentes, jovens e adultos através da participação da comunidade em ações educativas, de geração de renda, meio ambiente e valorização da cultura popular da região. O trabalho sério, que gerou importantes resultados inclusivos, levou a instituição a tornar-se referência em inclusão social, no Brasil e no exterior, sendo convidada diversas vezes festivais e congressos.

Durante a pandemia, o instituto tem realizado fundamental trabalho junto à comunidade, com campanhas de arrecadação de cestas básicas, a manutenção de suas oficinas culturais (inclusive no ambiente virtual), o projeto de um núcleo de saúde mental, entre outras iniciativas.