Cervejaria artesanal vai produzir até 2 mil litros por dia no Mercado Municipal de Santos

Chegaram nesta quinta-feira (12) ao Mercado Municipal de Santos (Praça Iguatemi, s/n, Vila Nova) os últimos dos 13 tanques para produção de cerveja artesanal, com capacidade total instalada de 28 mil litros – o espaço permite até 40 mil litros. A estrutura servirá à cervejaria Everbrew, que vai explorar um dos espaços do edifício, concedido por meio de licitação pública. A expectativa é de início de funcionamento em novembro, com possibilidade de produção diária de até 2 mil litros.

No local, os clientes poderão degustar da bebida ainda fresca, recém-retirada do refrigerador da fábrica, sem necessidade de pasteurização – processo utilizado para manter a conservação em temperatura ambiente –, preservando o sabor de cada um dos ingredientes.

Morador de Santos, o proprietário Renê dos Santos conta que a cervejaria já fornecia para os mercados nacional e internacional, mas ainda sem um local próprio de fabricação. “Como moramos aqui, sempre tivemos vontade de trazer essa produção para a Cidade. A ideia é que as pessoas possam visitar a fábrica e conhecer o processo”, diz, mencionando atividades já programadas. “Teremos tours monitorados e degustação guiada para que as pessoas saibam um pouco de cada estilo e o que é a cerveja artesanal. Futuramente, vamos oferecer alguns cursos profissionalizantes no ramo da cerveja”.

Para ele, a escolha do Mercado Municipal foi motivada pela perspectiva de transformações urbanísticas na Região Central. “Investir aqui é uma aposta nesta área, que está sendo melhorada, numa parte histórica da Cidade. E a gente quer fazer parte, em um prédio tão lindo desse”.  

Conhecendo a produção

Do mezanino, os clientes terão uma vista panorâmica dos equipamentos de fabricação, desde a cozinha de produção até a câmara fria, passando pelos tanques onde o amido é transformado em álcool após os processos de fermentação (sete a oito dias) e maturação (15 a 18 dias).

Economia criativa

Para o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Glaucus Farinello, uma das missões do poder público no Mercado Municipal é o desenvolvimento social além do urbanístico, com contrapartidas dos empresários pela ocupação comercial dos espaços. “Teremos compensações durante o processo, como cursos de capacitação. Queremos modernizar a Região Central, sem excluir quem já está aqui. Nossa ideia é justamente incluir socialmente as pessoas por meio da economia criativa, ensinando um ofício e gerando emprego”.

Farinello explica também o novo conceito de utilização do equipamento. “O Mercado vai agregar novos usos. A gastronomia vai ser um dos pontos chaves, mas vamos criar também um mundo mix para, para atrair público de todas as idades, entre santistas e turistas. Nos andares superiores do mezanino, teremos usos diferenciais, com estúdios de tatuagem, salões de beleza, coworking, antiquário e outros serviços.