Cidades da Baixada Santista negam ter aplicado vacina vencida

Os lotes vencidos são aqueles que apontam as seguintes inscrições: 4120Z001; 4120Z004; 4120Z005; CTMAV501; CTMAV505; CTMAV506; CTMAV520 e 4120Z025

2 JUL 2021 • POR • 17h36
*Imagem meramente ilustrativa. - Divulgação/PMS

Segundo apuração feita pelo jornal Folha de São Paulo em matéria publicada nesse sexta, dia 02, cerca de 500 moradores da Baixada Santista teriam tomado a vacina de Oxford/Astrazeneca de lotes vencidos. Os lotes vencidos são aqueles que apontam as seguintes inscrições: 4120Z001; 4120Z004; 4120Z005; CTMAV501; CTMAV505; CTMAV506; CTMAV520 e 4120Z025. Mas as Prefeituras da Região negaram que utilizaram essas doses após a data de validade indicada pela fabricante.

Uma das primeiras Prefeituras a se manifestar foi São Vicente. Em nota enviada ao Diário do Litoral por meio da Secretaria da Saúde (Sesau), diz que recebeu a vacina do lote 4120Z005 e distribuiu para as unidades de saúde em fevereiro. O vencimento do frasco expirava em 14 de abril, portanto, não estavam vencidas. Os outros três lotes, CTMAV520, CTMAV501 e 4120Z001, não foram entregues na Cidade.

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Santos também se pronunciou e disse que "não disponibilizou vacinas vencidas no município. De todos os lotes mencionados pela reportagem do jornal Folha de S.Paulo, apenas o 4120Z005, com validade para 14/04/21, foi recebido em Santos, na manhã do dia 26 de janeiro. No mesmo dia, no período da tarde, as doses foram encaminhadas aos hospitais, unidades de pronto atendimento (públicos e privados) e Samu para que as instituições aplicassem as doses prontamente em seus profissionais de saúde. Ainda no mês de janeiro, também foram contemplados com o lote os idosos em instituições de longa permanência. A Prefeitura de Santos destaca que mantém um controle rigoroso em relação a qualquer imunizante oferecido no município, não disponibilizando doses vencidas. A administração municipal já iniciou o rastreio das doses, de forma a apurar eventuais problemas e responsabilidades na aplicação de todas as doses do imunizante. Caso seja identificada qualquer irregularidade, o município adotará as medidas para garantir a imunização”.

Guarujá, por sua vez, confirma que "não aplicou qualquer dose do imunizante AstraZeneca/Oxford, ou de qualquer outro fabricante, com data de validade expirada. Dos oito lotes que a Cidade teria recebido, de acordo com a matéria veiculada pela Folha de São Paulo, apenas dois efetivamente chegaram ao Município. O primeiro, o ‘4120Z005’, entregue no dia 27 de janeiro, com 3.530 doses, teve sua última dose aplicada no dia 2 de março. O vencimento constante na caixa era 14/04/2021. O segundo, o ‘CTMAV520`, entregue no dia 26 de abril, com 1.220 doses, teve sua última dose aplicada no dia 13 de maio. O vencimento constante na caixa era 31/05/2021”.

A Secretaria Municipal de Saúde de Peruíbe esclarece que a cidade "não recebeu o lote mencionado e que o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE), do Governo do Estado, também já confirmou que estas doses não foram enviadas".

Itanhaém lembra que em 26 de janeiro recebeu 1070 doses do lote 4120Z005, com vencimento em 14 de abril. O presente lote,segundo a Prefeitura, foi utilizado na vacinação dos profissionais da saúde em janeiro e fevereiro, muito antes do vencimento. A Secretaria de Saúde do município ressalta que não aplicou doses vencidas da Oxford AstraZeneca, distribuídas pela Fiocruz, em nenhum momento. O outro lote citado na matéria, CTMAV501, com vencimento em 30 de abril, não foi distribuído para a cidade”.

Cubatão

"A Secretaria de Saúde de Cubatão informa que nenhuma dose vencida de vacina contra a covid-19 foi aplicada na cidade, ao contrário de notícia publicada nesta sexta-feira (2) no UOL. De acordo com a apuração do site, 13 doses vencidas da vacina Astrazeneca teriam sido aplicadas na cidade, das quais 12 pertenceriam aos lotes ctmav501 e ctmav505, usados no Pronto-Socorro e na Unidade Básica de Saúde da Vila Nova. Ao analisar os registros de chegada de imunizantes, o Serviço de vigilância Epidemiológica de Cubatão detectou que a cidade não recebeu qualquer dose desses dois lotes. Em relação à 13ª dose, houve um erro no preenchimento do cadastro de um profissional de Saúde da UBS Jardim Nova República”.

Mongaguá

“Dos lotes citados na matéria, Mongaguá recebeu o lote 4120Z005, com vencimento no dia 14 de abril, que foi aplicado dentro da validade, no final de janeiro e na primeira quinzena de fevereiro”.

Praia Grande

“A Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande informa que não recebeu nenhum dos lotes citados como vencidos, o que ocorreu foi que, na hora de passar para o sistema do governo do Estado, três pessoas vacinadas foram incluídas com lote errado. Na hora de selecionar o lote, o funcionário acabou clicando em um lote diferente do verdadeiro. As três pessoas já foram contatadas e as carteirinhas, onde consta o lote correto, estão sendo apresentadas para a correção do erro de digitação. O departamento de Vigilância Epidemiológica do município destaca que a data de validade de todos os frascos de vacina é verificada quando os mesmos são recebidos e também quando são distribuídos aos polos”.