Prefeito de Santos vai a São Paulo hoje buscar reabertura do comércio na Baixada

Municípios da Região querem reclassificação para a a Zona Laranja

29 MAI 2020 • POR • 07h00
Paulo Alexandre Barbosa vai representar a Baixada na reunião desta sexta - NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

*Colaborou Gilmar Alves Jr.

O prefeito de Santos e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), se reunirá na tarde desta sexta-feira (29), no Palácio dos Bandeirantes, com o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi, visando a retirada da Baixada Santista da Zona Vermelha e inclusão na Zona Laranja no plano estadual de retomada da economia em meio à pandemia do novo coronavírus.

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Na noite desta quinta-feira (28), os prefeitos das nove cidades da Baixada Santista expuseram ao secretário, por videoconferência, contrariedade à colocação da Baixada na Zona Vermelha em uma reunião que durou mais de duas horas.

Vinholi chegou a afirmar na tarde desta quinta que a classificação da Baixada Santista, como uma das regiões que mais é afetada pelo novo coronavírus e que demanda um isolamento social mais rígido, não deverá ser alterada mesmo com o questionamento dos prefeitos.

Apesar dos apelos dos chefes dos Executivos da Região, as autoridades estaduais sinalizaram que a Baixada Santista deverá permanecer na Zona Vermelha por ao menos mais 15 dias.

"É legítima a vontade da sociedade e dos prefeitos para retomar o mais rápido possível as atividades econômicas, nós também queremos, mas dentro das métricas colocadas e de maneira responsável. Estou em diálogo constante com os prefeitos, muitos deles têm questionamentos e estamos elucidando todos os passos", afirmou Marcos Vinholi.

Depois da crítica, ainda na noite de quarta-feira, de Paulo Alexandre Barbosa ao enquadramento da Baixada na Zona Vermelha, prefeitos da Região se posicionaram publicamente também contra essa classificação ao longo desta quinta-feira.

PRAIA GRANDE.

"Recebemos com muita preocupação o relatório do Estado. Sobre Praia Grande, o Estado previu que você pode ser zona vermelha se você tiver mais de 80% dos serviços de UTI comprometidos por Covid-19. Praia Grande tem 21%. O Estado também definiu que é zona vermelha se você tiver três leitos para cada 100 mil habitantes e nós temos 18 para cada 100 mil habitantes. Então, eu espero uma revisão desses critérios para que a gente possa seguir equacionando o desenvolvimento econômico, manutenção de empregos e manutenção da Saúde", afirmou o prefeito Alberto Mourão.

GUARUJÁ.

"Aumentamos o número de testagens e, com isso, obtivemos a identificação de mais casos. Não estamos assistindo pessoas agonizando à espera de leitos de UTI ou atendimento médico. Porque nos planejamos e agimos. Estamos, até o momento, com o controle das rédeas dessa pandemia no Município, não estamos sob alerta máximo, temos o controle absoluto e o equilíbrio de nossa capacidade hospitalar instalada, frente à evolução da pandemia, o que nos permite a flexibilização de setores segundo definição municipal. Nossos indicadores são devidamente avaliados e conferidos", afirma um comunicado da Prefeitura.

SÃO VICENTE.

"É impossível a gente andar alinhado com o Governo do Estado", chegou a afirmar, ainda na noite de quarta-feira, o prefeito Pedro Gouvêa, que elaborou um plano com quatro etapas, no qual, segundo ele, em 1° de junho o comércio reabre com regras rígidas; no dia 8 de junho shoppings e galerias voltam a funcionar; no dia 20, será permitido consumo em bares, restaurantes e praças de alimentação com 30% da ocupação e no dia 10 de junho, quarta fase, todo o programa é reavaliado.

MONGAGUÁ.

"Não estamos medindo esforços para que todas as determinações do Estado sejam devidamente seguidas. Paralelamente, nossa região tem adotado medidas e estratégias no combate à Covid-19, de acordo com a realidade local. Por outro lado, os comerciantes e empresários estão em uma situação caótica", afirmou o prefeito Márcio Melo Gomes.

BERTIOGA.

"Vidas em primeiro lugar e a Baixada estão fazendo um bom serviço. No entanto, o comércio não pode pagar caro por isso como já está pagando. A gente aguarda um retorno do comércio. Na nossa ótica, eles (Estado) estão utilizando números equivocados que serviram de parâmetro para ranquear a Baixada Santista, afirmou o prefeito Caio Matheus.