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Pressão antes considerada 'normal' agora exige cuidados redobrados

Novas diretrizes médicas classificam valores entre 12/8 e 13,9/8,9 como pré-hipertensão

Luna Almeida

Publicado em 18/09/2025 às 21:49

Atualizado em 18/09/2025 às 21:50

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Antes, o limite aceitável para hipertensos era manter a pressão abaixo de 14 por 9 / Pexels

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A medição da pressão arterial, muitas vezes tida como simples rotina em consultas médicas, acaba de ganhar novos contornos no Brasil. Valores que por décadas eram vistos como aceitáveis passam agora a representar um sinal de alerta. 

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A partir de diretriz recém-divulgada por três sociedades médicas, leituras entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 foram reclassificadas como pré-hipertensão, condição que exige acompanhamento mais próximo e mudanças no estilo de vida.

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A decisão foi anunciada durante o Congresso Brasileiro de Cardiologia e reflete um esforço em alinhar o país a práticas internacionais já adotadas. 

A Sociedade Brasileira de Cardiologia, a Sociedade Brasileira de Nefrologia e a Sociedade Brasileira de Hipertensão defendem que a medida é essencial para evitar que milhões de pessoas avancem silenciosamente para a hipertensão, doença que lidera as estatísticas de infartos e AVC em território nacional.

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Novos parâmetros e metas

Antes, o limite aceitável para hipertensos era manter a pressão abaixo de 14 por 9. Agora, o alvo passa a ser menos de 13 por 8 para todos os pacientes, sem distinção de idade ou condições associadas. 

Para os especialistas, essa redução amplia a proteção contra complicações cardiovasculares e renais, além de acidentes vasculares cerebrais. 

Nos casos em que o paciente não tolera reduções intensas, a orientação é alcançar o nível mais baixo possível sem comprometer a segurança clínica.

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Saúde feminina em foco

A diretriz traz ainda recomendações específicas para as mulheres. O uso de anticoncepcionais, a gestação, a transição da menopausa e o histórico de hipertensão na gravidez foram destacados como fases críticas que pedem monitoramento regular. 

Medicamentos seguros na gestação, acompanhamento após o parto e atenção redobrada na pós-menopausa compõem o novo cuidado preventivo.

Prevenção em primeiro lugar

A principal mudança é de mentalidade: valores considerados até pouco tempo “normais” não podem mais ser ignorados. A orientação é agir cedo, com alimentação equilibrada, atividade física, controle do estresse e, quando indicado, prescrição medicamentosa. 

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O objetivo é reduzir os índices de hipertensão, condição que afeta quase 28% da população adulta no Brasil, mas que ainda permanece descontrolada para dois terços dos pacientes diagnosticados.

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