13 de Maio de 2024 • 08:21
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares entregou-se à Polícia Federal por volta das 11h25 de ontem, em Brasília. Mas o fez de forma reservada, na sede da PF, que fica a oito quilômetros do prédio da superintendência do órgão, onde era aguardado. O petista disse que foi submetido a um "julgamento de exceção".
O próprio Delúbio anunciou pelo microblog Twitter que estava se entregando, recorrendo ao brado e expressões utilizadas por outros condenados petistas: "Apresentando (sic) às autoridades em Brasília para o cumprimento da pena que me foi imposta em julgamento de exceção. Viva o PT! Viva o Brasil!"
Delúbio foi condenado a 8 anos e 11 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal pelos crimes de quadrilha e corrupção ativa. Ele começará a cumprir a pena em regime semiaberto, porque pediu a revisão da condenação por formação de quadrilha. Se a revisão for aceita pelo STF, a pena seria reduzida para 6 anos e 8 meses.
A exemplo do que afirmaram na véspera o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, Delúbio também se considera um preso político, conforme o advogado criminalista Arnaldo Malheiros Filho. Ele disse que o ex-tesoureiro do PT apresentou-se ontem à Polícia Federal, "sem sequer ter visto o mandado de prisão".
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