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Política

Alves cancela reunião que definiria cassação de Cunha

A decisão ocorre na véspera de a presidente Dilma Rousseff participar de inauguração da Arena das Dunas, em Natal, reduto eleitoral do peemedebista

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 21/01/2014 às 21:14

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O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), cancelou nesta terça-feira, 21, a reunião da Mesa Diretora da Casa, prevista para o próximo dia 4 de fevereiro, em que seria discutida a abertura de um processo de cassação contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado no processo do mensalão.

A decisão de Alves ocorre na véspera de a presidente Dilma Rousseff participar de inauguração da Arena das Dunas, em Natal, reduto eleitoral do peemedebista. O recuo de Henrique Eduardo Alves virou motivo de chacota entre os caciques do PT. Para o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), Alves "pagou mico" ao ter agendado o encontro da cúpula da Casa antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter expedido o mandado de prisão de João Paulo Cunha. "Como é que se agenda uma reunião dessas sem uma decisão dos ministros. Ele pagou mico", afirmou Vargas ao Broadcast Político.

Henrique Eduardo Alves cancelou a reunião que definiria a cassação de João Paulo Cunha

No último dia 6, o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, rejeitou dois recursos de João Paulo no processo do mensalão e autorizou o cumprimento do acórdão que condenou o deputado a 6 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva e peculato, tendo em vista que os recursos referentes a esses crimes já transitaram em julgado. O petista ainda aguarda, no entanto, a análise de um recurso contra a condenação por lavagem de dinheiro, o que elevaria sua pena a um total de 9 anos e 4 meses. Embora tenha determinado a prisão imediata de João Paulo, Joaquim Barbosa não expediu o mandado de prisão.

O deputado chegou a ir a Brasília para se entregar à Polícia Federal, mas retornou a São Paulo dias depois após seus advogados receberem a informação de que apenas Barbosa poderia expedir o documento. Em férias desde o último dia 7, o ministro deve retornar à Brasília apenas no início de fevereiro.

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