Nacional

'Monstruosa': cientistas descobrem a maior cobra do mundo na Amazônia

A nova espécie, batizada de Eunectes akayima, tem mais de 6 metros e pesa cerca de 200 quilos

Jeferson Marques

Publicado em 28/09/2025 às 15:49

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Pesquisadores deram de cara com a maior anaconda do planeta / Imagem de IA

Continua depois da publicidade

Uma expedição científica realizada na Amazônia equatoriana trouxe à tona uma revelação que está mudando o que se sabia sobre as anacondas. Pesquisadores identificaram uma nova espécie de sucuri-verde, batizada de Eunectes akayima, que apresentou diferenças genéticas impressionantes em relação à já conhecida Eunectes murinus.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O estudo mostrou que a divergência genética entre as duas espécies chega a 5,5%, índice superior ao que separa humanos de chimpanzés. A descoberta, publicada na revista científica Diversity, foi liderada pelo professor Bryan Fry, da Universidade de Queensland, na Austrália, com apoio de pesquisadores internacionais.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Estudo revela que maioria das picadas de cobra em SP ocorre em áreas urbanas

• Verme de cobra é encontrado em parte do corpo humano onde jamais poderia estar

• Nova imagem de 'Anaconda', com Selton Mello, mostra cobra gigante e assustadora na floresta

Até então, acreditava-se que todas as sucuris-verdes da América do Sul pertenciam a uma única espécie. A pesquisa, porém, demonstrou que a Eunectes akayima e a Eunectes murinus seguiram caminhos evolutivos distintos ao longo de cerca de 10 milhões de anos, apesar de serem praticamente idênticas na aparência.

Essa semelhança externa ajudou a esconder por tanto tempo uma diferença genética tão marcante, que ressalta a complexidade e o mistério da biodiversidade amazônica.

Continua depois da publicidade

A Eunectes akayima também impressiona pelo porte. Com 6,3 metros de comprimento e mais de 200 quilos, é considerada a maior anaconda já registrada e alguns dos pesquisadores a chamaram de "monstruosa".

Predadora de topo, não utiliza veneno, mas sim a força: enrola-se em mamíferos, aves, anfíbios ou peixes, comprimindo-os até que não consigam mais respirar.

A descoberta reforça a importância da Amazônia como palco de surpresas científicas e lembra que, mesmo em um dos ecossistemas mais estudados do planeta, ainda há gigantes escondendo segredos capazes de reescrever a história natural.

Continua depois da publicidade

 

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software