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Fóssil de maior tartaruga de água doce do mundo é encontrada na Amazônia

O fóssil foi encontrado no rio Acre e a espécie teria vivido entre 8 e 10 milhões de anos atrás, no período Mioceno Superior

Ana Clara Durazzo

Publicado em 21/07/2025 às 13:02

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A região já havia sido explorada em expedições realizadas desde 1978, mas essa foi uma das descobertas mais significativas / Professor Edson Guilherme / Reprodução

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Uma descoberta impressionante acaba de lançar nova luz sobre o passado da Amazônia e a grandiosidade que a Terra já abrigou. Pesquisadores de três universidades brasileiras encontraram no rio Acre, em Assis Brasil (AC), o fóssil da maior tartaruga de água doce já registrada no planeta. As informações são do portal Náutica.

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O fóssil pertence à Stupendemys geographicus, uma tartaruga gigant que viveu entre 8 e 10 milhões de anos atrás, no período Mioceno Superior. Os restos incluem fragmentos do antebraço, parte do fêmur e um casco com cerca de 2,40 metros de comprimento por 1,80 metro de largura, mesmo sem estar completo.

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Recentemente, um grupo de pesquisadores desenterrou um fóssil de um dinossauro de 166 milhões de anos. O esqueleto foi encontrado pela primeira vez décadas atrás, mas como o local era de difícil acesso, permaneceu intocado.

A expedição foi liderada por cientistas da Universidade Federal do Acre (Ufac), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo a professora Annie Schmaltz Hsiou, do Departamento de Biologia da FFCLRP-USP, embora os fósseis estejam fragmentados, trata-se de um achado "sensacional", já que nunca havia sido localizada uma tartaruga dessa espécie em tal estado de preservação.

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A região já havia sido explorada em expedições realizadas desde 1978, mas essa foi uma das descobertas mais significativas. Além de contribuir com informações sobre a geografia e o clima da época, o fóssil pode indicar que membros da megafauna brasileira sobreviveram por mais tempo do que se imaginava. 

Projeto Novas Fronteiras

A pesquisa faz parte do projeto “Novas Fronteiras no Registro Fossilífero da Amazônia Sul-Ocidental” e as escavações ocorrem em áreas remotas do Acre

Os pesquisadores tem apoio de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, que atuam como parceiros do trabalho científico, fornecendo conhecimento local e apoio logístico.

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Até o momento, os fósseis permanecem no local da descoberta, aguardando condições adequadas para serem transportados, um desafio em meio às adversidades do terreno e do difícil acesso à região.

Essa descoberta não apenas impressiona pelo tamanho do animal pré-histórico, mas também reforça a importância da Amazônia como um verdadeiro santuário de riquezas paleontológicas ainda pouco exploradas.

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