Emprego

Escassez de mão de obra: setor popular do país tem 350 mil vagas vazias

As profissões como operador de caixa e repositor sofrem com falta de mão de obra devido à busca dos jovens por flexibilidade e salários desalinhados com a realidade

Giovanna Camiotto

Publicado em 24/11/2025 às 10:40

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Os supermercados em todo o Brasil enfrentam uma crise sem precedentes na contratação / Pexels

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Os supermercados em todo o Brasil enfrentam uma crise sem precedentes na contratação, com mais de 350 mil vagas abertas em redes grandes e pequenas. Posições tidas como básicas, como operador de caixa, repositor e atendente, relatam dificuldades crescentes para serem preenchidas.

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Este cenário é impulsionado por uma mudança no perfil do trabalhador. Os jovens, que historicamente viam o varejo como uma porta de entrada para o mercado formal, agora optam por oportunidades que ofereçam maior flexibilidade, como as proporcionadas por aplicativos.

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A combinação de uma carga de trabalho intensa, escalas que frequentemente incluem fins de semana e salários que não acompanham o custo de vida torna as funções menos atraentes.

O setor de supermercados no Brasil enfrenta uma escassez de mão de obra, com mais de 350 mil vagas abertas para funções como caixa e repositor. A busca por flexibilidade e salários desatualizados são fatores-chave da crise/Pexels
O setor de supermercados no Brasil enfrenta uma escassez de mão de obra, com mais de 350 mil vagas abertas para funções como caixa e repositor. A busca por flexibilidade e salários desatualizados são fatores-chave da crise/Pexels
Muitos trabalhadores jovens estão trocando empregos formais em supermercados por oportunidades mais flexíveis, como as oferecidas por aplicativos, que prometem maior autonomia e menos rigidez de horários e escalas/Pexels
Muitos trabalhadores jovens estão trocando empregos formais em supermercados por oportunidades mais flexíveis, como as oferecidas por aplicativos, que prometem maior autonomia e menos rigidez de horários e escalas/Pexels
Funções básicas em supermercados são criticadas pela intensa carga de trabalho e pelas escalas que incluem fins de semana e feriados. A sobrecarga nas equipes menores tem impactado a qualidade do serviço/Pexels
Funções básicas em supermercados são criticadas pela intensa carga de trabalho e pelas escalas que incluem fins de semana e feriados. A sobrecarga nas equipes menores tem impactado a qualidade do serviço/Pexels
A dificuldade em preencher as 350 mil vagas abertas no varejo gera consequências diretas para o cliente, como o aumento do tempo de espera nas filas e a reposição mais lenta de produtos nas prateleiras/Pexels
A dificuldade em preencher as 350 mil vagas abertas no varejo gera consequências diretas para o cliente, como o aumento do tempo de espera nas filas e a reposição mais lenta de produtos nas prateleiras/Pexels
Para combater a falta de funcionários, as redes de supermercados estão adotando novas estratégias, como flexibilizar jornadas e buscar parcerias com programas sociais e jovens egressos do serviço militar/Pexels
Para combater a falta de funcionários, as redes de supermercados estão adotando novas estratégias, como flexibilizar jornadas e buscar parcerias com programas sociais e jovens egressos do serviço militar/Pexels

Além da concorrência do mercado informal e de alternativas menos rígidas, os próprios processos seletivos do varejo contribuem para o problema, sendo muitas vezes lentos e com pouca perspectiva clara de crescimento profissional. Equipes menores resultam em filas maiores para os consumidores, reposições mais lentas e um aumento da pressão sobre os funcionários remanescentes.

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Para tentar reverter a situação, as redes de supermercados têm buscado estratégias alternativas, como firmar parcerias com o Exército Brasileiro para atrair jovens egressos do serviço militar e incentivar a participação de trabalhadores idosos, além de iniciar a flexibilização das jornadas de trabalho.

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