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Emprego

Criação de postos de trabalho no País em 2012 é a menor desde 2003

O País gerou 1,148 milhão de postos de trabalho com carteira assinada em 2012, o que representa uma queda de 48,8%

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 11/10/2013 às 19:00

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A quantidade de vagas de trabalho criadas no Brasil no ano passado caiu quase pela metade em relação a 2011 e foi o pior resultado desde 2003. O País gerou 1,148 milhão de postos de trabalho com carteira assinada em 2012, o que representa uma queda de 48,8% sobre os 2,242 milhões de vagas criadas em 2011, divulgou o Ministério do Trabalho e Emprego nesta sexta-feira, 11. O resultado só foi pior em 2003, quando foram criadas 861 mil vagas.

A queda na criação de vagas foi puxada pela administração pública, que reduziu 166,2 mil postos, e pela agricultura, que diminuiu 19,5 mil vagas. No caso do setor público, o ministério atribui a retração ao fim das administrações públicas municipais O recuo ocorreu principalmente nos vínculos de funcionários nomeados, sem concurso público.

Na agricultura, a redução se deve ao declínio nas atividades ligadas ao cultivo de laranja, que registrou uma queda de 15,7 mil postos de trabalho e ao cultivo da cana-de-açúcar, com a perda de 7,9 mil empregos.

O total de empregados ao fim do ano passado foi de 47,4 milhões, um aumento de 2,48% na comparação com 2011. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) que inclui, além das informações sobre os trabalhadores do setor privado, os números do setor público, que estão fora do regime CLT. O governo espera chegar a um estoque de 50 milhões de empregos formais até 2014, segundo o diretor do departamento de políticas públicas de emprego do Ministério do Trabalho, Rodolfo Torelly.

Em números absolutos, o setor de serviços foi o que mais criou vagas no ano passado, com 794,9 mil postos de trabalho. O comércio aumentou 383,5 mil empregos. Em termos relativos, o destaque foi a indústria extrativa mineral, com aumento de 12,06%, seguida por serviços, com 5,17% e comércio, com 4,34%.

A criação de postos de trabalho no Brasil em 2012 é a menor desde 2003 (Foto: Divulgação)

Dentre as regiões, a Sudeste liderou a geração de empregos no ano passado, com 584,9 mil postos, seguido pela Sul, com 227,3 mil postos. Em terceiro lugar, ficou o Centro-Oeste, com incremento de 144 mil postos. Por último, estão o Nordeste, com 132,5 mil postos, e o Norte, com geração de 59,4 mil postos de trabalho. Na comparação com o resultado do ano anterior, o maior crescimento foi da Região Centro Oeste, com 3,74%, seguida pelo Sul, com 2,88% e Sudeste, com 2,49%.

Dinheiro

O salário médio do trabalhador com carteira assinada apresentou ganho real de 2,97% no fim do ano passado ante o término de 2011 O valor médio subiu de R$ 2.020,02, em dezembro de 2011, para R$ 2.080,07, no mesmo mês do ano passado. No ano anterior, a variação foi de 2,93%.

A participação das mulheres no mercado de trabalho formal cresceu 3,89%, variação maior do que a dos homens, que foi de 1,46%. O salário delas, entretanto, cresceu menos. O rendimento do homem subiu 3,35% e o da mulher, 2,62%.

"É estranho porque a mulher cada vez está estudando mais, mas o homem ainda ganha mais", afirmou Torelly. Segundo ele, a diferença é maior nos postos com escolaridade mais elevada, em que elas ganham cerca de 60% do salário deles. A disparidade também aparece na divisão dos postos: as mulheres superam os homens na população em idade ativa, mas representam apenas 42% da força de trabalho formal.

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