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Trabalhadores CLT agora podem fazer empréstimo consignado: entenda como funciona

Regra autoriza empregados com carteira assinada a contratar crédito com desconto direto na folha, ampliando acesso ao financiamento

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 11/12/2025 às 16:14

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Expansão da modalidade inclui uma ampla variedade de instituições, desde grandes bancos até cooperativas de crédito e fintechs / Divulgação

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Trabalhadores com carteira assinada passaram a ter acesso, a partir de 2024, ao empréstimo consignado em condições semelhantes às oferecidas a servidores públicos, aposentados e pensionistas do INSS.

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Regulamentada pelo governo federal, a modalidade — batizada de Crédito do Trabalhador — já está disponível em diversos bancos e representa uma das maiores expansões recentes do mercado de crédito no país.

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A operação permite juros mais baixos e pagamento com desconto direto no salário, com margem consignável limitada a 35% do valor líquido recebido pelo funcionário.

Essa mudança amplia o alcance do crédito de baixo risco e cria novas oportunidades para milhões de brasileiros da iniciativa privada, especialmente em um cenário de endividamento elevado e taxas ainda altas em outras linhas de crédito.

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A contratação pode ser feita por meio do aplicativo Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital) ou pelos canais digitais das instituições financeiras.

A autorização do empregador é obrigatória, e a adesão ao sistema tende a variar conforme o porte da empresa e sua estrutura administrativa.

A chegada do consignado ao setor privado movimentou bancos tradicionais e fintechs, que rapidamente incorporaram a nova modalidade.

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Instituições como Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Banco do Brasil e Nubank já ofertam o Crédito do Trabalhador, enquanto o governo incentiva a entrada de novos participantes do mercado. A expectativa é de que a competição contribua para a redução das taxas e ampliação do acesso ao crédito.

O Crédito do Trabalhador funciona de maneira semelhante ao consignado tradicional, com o salário servindo como garantia principal. Esse modelo reduz o risco de inadimplência e permite que os bancos ofereçam juros mais baixos do que em modalidades como cartão de crédito e cheque especial.

O trabalhador pode comprometer até 35% do salário líquido com as parcelas — percentual que inclui outros descontos já autorizados, como planos de saúde ou pensão alimentícia. O objetivo é garantir que o tomador mantenha renda suficiente para suas despesas essenciais, evitando endividamento excessivo.

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Para contratar o empréstimo, o trabalhador precisa acessar o aplicativo da CTPS Digital com login Gov.br, verificar se a empresa empregadora está habilitada para o desconto em folha e consultar as instituições financeiras disponíveis.

A partir daí, é possível simular valores, comparar prazos e enviar a solicitação ao banco escolhido. A análise de crédito é realizada pela instituição financeira e, em caso de aprovação, o contrato é assinado digitalmente.

O mesmo processo pode ser feito diretamente no internet banking de bancos participantes ou em agências físicas, conforme a preferência do solicitante.

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A expansão da modalidade inclui uma ampla variedade de instituições, desde grandes bancos até cooperativas de crédito e fintechs.

Cada instituição estabelece taxas e prazos próprios, o que reforça a importância de comparar custos antes da contratação. Os juros do consignado para CLT variam entre 1,5% e 3% ao mês, em média, valores significativamente inferiores aos de outras linhas de crédito, que podem ultrapassar os 300% ao ano no caso do rotativo do cartão.

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A plataforma CTPS Digital e os simuladores online ajudam o trabalhador a visualizar o custo efetivo total, trazendo mais transparência ao processo.

A popularização do consignado entre trabalhadores CLT tem potencial para alterar a dinâmica do mercado de crédito no país. Com um público muito maior agora elegível, bancos e fintechs ampliam suas carteiras e estimulam um ambiente mais competitivo.

Ao mesmo tempo, o governo busca modernizar o acesso ao crédito por meio de soluções digitais e integradas, estimulando o consumo e favorecendo a economia.

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Apesar das vantagens, especialistas reforçam que o crédito consignado requer planejamento. Comprometer até 35% do salário pode impactar o orçamento mensal, especialmente entre trabalhadores que já possuem outras obrigações financeiras.

Além disso, a modalidade depende da adesão das empresas, o que pode restringir o acesso para funcionários de pequenos negócios que ainda não implementaram o sistema de consignação.

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A recomendação é avaliar o orçamento, evitar múltiplos empréstimos e priorizar o uso do crédito para necessidades reais, em vez de consumo imediato.

A expectativa do governo é que o Crédito do Trabalhador amplie a inclusão financeira e ajude a reduzir a busca por modalidades mais caras, ao mesmo tempo em que fortalece a educação financeira e o uso responsável do crédito. Caso deseje, posso criar título, linha fina, versão reduzida ou versão SEO-friendly.
 

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