O panetone de chocolate com caramelo mais caro do Brasil / Imagem gerada por IA
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No Brasil, nenhum outro panetone chamou tanta atenção pelo preço quanto o de uma confeiteira já acostumada ao universo do luxo: o panetone gigante de chocolate com caramelo criado por Isabella Suplicy, vendido por R$ 2,2 mil a unidade. Com pouco mais de seis quilos, ele ocupa o topo das listas de fim de ano como o panetone brasileiro mais caro do mercado.
O valor de R$ 2,2 mil não é apenas pelo nome. O panetone é pensado para grandes ceias e eventos: pesa quase sete quilos, rende dezenas de fatias e aparece nas mesas de famílias milionárias e festas de alto padrão. O tíquete elevado também reforça a ideia de “produto de grife”, mais próximo de uma joia gastronômica do que de um item comum de supermercado.
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A receita que entrou para os rankings une massa de panetone artesanal com recheio generoso de caramelo e cobertura caprichada de chocolate. A proposta é entregar uma sobremesa única, que funciona como centro de mesa: um único panetone substitui vários doces menores e ainda cria o efeito “uau” nas fotos de redes sociais.
O panetone caro é uma extensão de uma marca já consolidada. Isabella Suplicy construiu um ateliê conhecido por transformar bolos e doces em peças de decoração, com flores de açúcar hiper-realistas e produções monumentais para casamentos e festas de celebridades. A atenção aos detalhes e o uso de ingredientes importados ajudam a justificar os preços acima da média.
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Antes de viver de açúcar, Isabella foi advogada. A virada de carreira veio nos anos 1990, quando decidiu abandonar o direito, estudar confeitaria em Nova York e, de volta ao Brasil, começar a fazer bolos na garagem da casa dos pais em São Paulo. O hobby cresceu, virou negócio de família e hoje abastece eventos em todo o país.
O sobrenome Suplicy passou a circular com frequência nas colunas sociais: bolos de aniversário que custam dezenas de milhares de reais, mesas de doces em festas de 15 anos milionárias e presença garantida em casamentos de alta renda.
Por causa do sobrenome, muita gente associa a confeiteira à família do senador Eduardo Suplicy e da ex-prefeita Marta Suplicy. Mas, nas biografias oficiais do casal e nos perfis públicos de Isabella, não há qualquer indicação de parentesco direto entre eles.
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As reportagens sobre a confeiteira citam sua formação, trajetória e família envolvida no negócio, mas não a apresentam como filha, sobrinha ou parente próxima de políticos. Até onde mostram os registros públicos, a ligação é apenas de sobrenome, não familiar.
O panetone gigante de Isabella aparece ao lado de rótulos internacionais e de outras confeiteiras de luxo em listas de “panetones mais caros do Natal”, disputando espaço com marcas italianas centenárias e produtos de chefs brasileiros conhecidos. Esse tipo de ranking acabou funcionando como vitrine gratuita: reforça a imagem de exclusividade e ajuda a manter o nome da confeiteira em evidência a cada fim de ano.