A ação foi registrada pela Organização Ecologia em Movimento (ECOMOV), durante vistoria ambiental na reserva da Juréia-Itatins, Parque Estadual do Itinguçu. / ECOMOV
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Mais de 50 embalagens de origem estrangeira foram encontradas neste último final de semana (12/09) em praias da cidade de Peruíbe, no litoral sul de São Paulo.
A ação foi registrada pela Organização Ecologia em Movimento (ECOMOV), durante vistoria ambiental na reserva da Juréia-Itatins, Parque Estadual do Itinguçu.
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Os resíduos foram localizados nas praias do Guarauzinho e Arpoador e incluem embalagens plásticas, frascos de produtos de limpeza, alimentos industrializados e até materiais específicos para uso em esgoto marinho.
Muitos dos produtos ainda estavam dentro do prazo de validade, o que indica descarte recente, possivelmente por embarcações que transitam ou estacionam na área de fundeio do Porto de Santos.
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Segundo a ECOMOV, o material internacional representa cerca de 40% do total de resíduos recolhidos na ação. Entre os itens encontrados estavam:
As embalagens tinham inscrições e marcas de seis países diferentes, sendo a maior parte proveniente da Ásia. A origem foi identificada por meio dos rótulos e códigos de fabricação:
Além disso, a ECOMOV identificou empresas com filiais em países como Estados Unidos , Índia e Japão , que estariam envolvidas no descarte irregular dos materiais.
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Os dados levantados integram um Inquérito Civil (IC: 13/2022) conduzido pelo Ministério Público de São Paulo, por meio do GAEMA/BS (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente da Baixada Santista), com apoio direto da ECOMOV.
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Desde o início de 2025, a organização ambiental já contabilizou cerca de 900 registros de resíduos internacionais entre os portos de São Sebastião e Santos, em parceria com o coletivo psicoletores.
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Segundo a ECOMOV, a presença constante de lixo internacional nas praias da região é um alerta para os impactos da atividade portuária no ecossistema costeiro. Além de prejudicar a fauna marinha, o descarte irregular de resíduos compromete áreas de proteção ambiental e afeta comunidades tradicionais que vivem em harmonia com a natureza.