Móveis fabricados pelos detentos foram expostos no Palácio dos Bandeirantes / Divulgação/GESP
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Protótipos de móveis produzidos por reeducandos do sistema prisional paulista foram expostos nesta terça-feira (16) no Palácio dos Bandeirantes, durante o anúncio de 15 mil novas unidades habitacionais para 107 cidades do estado.
A iniciativa faz parte da parceria entre a Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap) e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), que prevê o uso da mão de obra carcerária na produção de mobiliário destinado às moradias do governo estadual.
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O acordo firmado entre os órgãos permite que a CDHU adquira móveis fabricados nas oficinas da Funap. Além de mobília residencial, já estão em andamento projetos para a produção de peças de madeira, estruturas de alumínio e artefatos de concreto, como blocos estruturais e pisos intertravados.
O projeto piloto começa em unidades do programa Vida Longa, voltado a idosos em situação de vulnerabilidade social, em Jaguariúna e Itapira.
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De acordo com Mauro Lopes, diretor-executivo da Funap, a fundação mantém hoje 59 oficinas produtivas em São Paulo, com atividades que vão de marcenaria e solda a pintura e confecção.
“A Funap abre oportunidades para essas pessoas começarem uma nova vida, com educação, formação e emprego. Esses protótipos que apresentamos são um primeiro passo de um projeto que pode ganhar escala, beneficiando tanto os moradores como os reeducandos”, disse à Agência SP.
A CDHU já confirmou que a parceria começa pelo programa Vida Longa, mas pode ser estendida a outros empreendimentos habitacionais. A experiência não é inédita: em Pirajuí, a Funap já produz móveis escolares certificados pelo Inmetro, sendo a única unidade fabril dentro de presídios com esse selo de qualidade.
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Vinculada à Secretaria da Administração Penitenciária, a Funap atua há quase 50 anos promovendo capacitação, ressocialização e empregabilidade de pessoas privadas de liberdade. As oficinas geram oportunidades reais de trabalho e aprendizado em ofícios como marcenaria, metalurgia e costura, ajudando na reinserção social e na redução da reincidência criminal.