No pior cenário, com menos chuvas, esse risco aparece em novembro deste ano, volta em fevereiro e março do ano que vem e se repete a partir de julho de 2026. / Crédito: Freepik
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O Operador Nacional do Sistema (ONS) ligou o sinal de alerta: o risco de apagão pode ultrapassar 60% já em 2028 e chegar a mais de 90% em 2029. Para 2026 e 2027, as projeções também preocupam, ficando na faixa dos 30%.
No ano passado, o cenário era bem diferente. Em 2023, a previsão para 2028 era de 40%, e para 2026, apenas 10%. Agora, esses números mais que dobraram, mostrando o quanto a situação se agravou em pouco tempo.
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Para evitar o colapso, o governo aposta em dois leilões de capacidade, que garante a entrega de energia firme ao sistema. O primeiro acontece nesta sexta-feira (22) e o segundo no fim de agosto.
Mas não é só isso: a volta do horário de verão voltou à mesa e tem grandes chances de sair do papel.
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O sistema elétrico funciona como um disjuntor: ele desliga automaticamente quando falta energia ou quando há excesso de oferta com baixo consumo. Essa segunda situação quase aconteceu recentemente, no Dia dos Pais.
Para evitar panes, o ONS precisa desligar fontes que garantem energia firme, como hidrelétricas, quando as usinas solares estão gerando em alta.
O problema é que, quando o sol se põe, no horário de pico, leva mais tempo para religar hidrelétricas ou outras unidades que injetam energia no sistema.
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Por isso, técnicos do Ministério de Minas e Energia sugerem a volta do horário de verão como forma de aliviar a demanda nos momentos mais críticos.
Veja este vídeo rápido produzido pelo canal "iNews Brasil" disponível no YouTube:
Com o aumento da geração distribuída, a energia produzida por placas solares em casas, comércios e fazendas, o controle fica mais difícil. O ONS não tem poder para desligar esses sistemas, diferente do que acontece com usinas solares e eólicas ligadas diretamente à rede.
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Isso pode levar a desligamentos automáticos quando a demanda cai demais em relação à oferta, como quase ocorreu no Dia dos Pais.
Engenheiros afirmam que esse problema é um efeito colateral do crescimento acelerado da energia solar, impulsionado por leis que deram ainda mais incentivos ao setor.
E não é só isso: muitos consumidores nem imaginam o quanto gastam de energia em casa. Um exemplo é este aparelho muito útil e importante que consome mais energia do que você imagina, que pesa e muito na conta de luz.
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O ONS fez oito projeções para o período entre este ano e o próximo. No cenário mais otimista, com um regime de chuvas dentro da normalidade, existe a possibilidade de déficit de energia já em setembro de 2026.
No pior cenário, com menos chuvas, esse risco aparece em novembro deste ano, volta em fevereiro e março do ano que vem e se repete a partir de julho de 2026.
Mesmo sem detalhar os seis cenários intermediários, o ONS é categórico: em todos, o esgotamento do sistema começa a partir de junho de 2026.
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