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Imagine um lugar onde o preço de um apartamento de dois quartos ultrapassa 4 milhões e o aluguel mensal de um imóvel modesto custa o mesmo que uma casa de luxo em grandes capitais
Mônaco tem apenas 2,1 km² de extensão, o que torna cada metro de solo um ativo raro / ImageFX
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Imagine um lugar onde o preço de um apartamento de dois quartos ultrapassa €4 milhões e o aluguel mensal de um imóvel modesto custa o mesmo que uma casa de luxo em grandes capitais. Esse lugar existe — e se chama Mareterra, o bairro mais caro do mundo, situado no principado de Mônaco.
Lá, o metro quadrado residencial pode variar entre €60 mil e €130 mil, dependendo da localização e dos acabamentos das unidades ultraexclusivas. A média para todo o principado já impressiona: €62 mil por metro quadrado, de acordo com estimativas recentes do mercado imobiliário europeu.
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O segredo do preço está na escassez de espaço e no excesso de luxo. Mônaco tem apenas 2,1 km² de extensão, o que torna cada metro de solo um ativo raro. Somado a isso, o país oferece isenção de impostos sobre renda e ganhos de capital, segurança de padrão altíssimo e estabilidade política — fatores que atraem multimilionários e investidores globais.
As propriedades de Mareterra, muitas à beira-mar, contam com designs personalizados, marinas privativas, tecnologia de ponta e serviços exclusivos, o que eleva o bairro à categoria 'ultra-prime' do mercado imobiliário internacional.
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'O território reduzido e a forte demanda por imóveis de luxo criam um ambiente onde a valorização é praticamente garantida', explicam analistas do setor.
Mesmo quando comparado a outros destinos milionários, Mareterra segue imbatível. Em St. Moritz, na Suíça, o metro quadrado custa cerca de 43 mil francos suíços. Já em cidades como Nova York, Hong Kong ou Londres, os valores médios giram entre US$ 30 mil e US$ 40 mil por m² — muito abaixo dos padrões monegascos.
O resultado é um mercado único no mundo, onde o luxo encontra seu limite e o espaço, seu preço máximo.
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Além da compra de imóveis, o custo de vida em Mônaco é um capítulo à parte:
Aluguel de um quarto: entre €4 mil e €6 mil por mês.
Dois quartos: entre €6 mil e €10 mil.
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Três quartos: até €15 mil mensais.
Café: pode custar €25 a €30.
Jantar: facilmente ultrapassa €80 por pessoa.
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Para obter residência no principado, estrangeiros precisam depositar ao menos €500 mil em um banco local e comprovar a posse de um imóvel — comprado ou alugado.
Mesmo os bairros mais caros do país, como o Leblon (Rio de Janeiro) e Pinheiros (São Paulo), estão longe dessa realidade. Enquanto o metro quadrado carioca atinge cerca de R$ 25 mil, e o paulistano, R$ 15 mil, Mônaco opera em outro patamar — cerca de 20 vezes mais caro.
Para investidores internacionais, Mônaco representa segurança, prestígio e estabilidade. Em tempos de incerteza global, o principado segue como refúgio financeiro e símbolo de exclusividade, onde cada metro quadrado é mais do que um espaço — é um símbolo de status global.
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