19 de Março de 2024 • 07:32
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. / Reuters/AB
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira (27) que o governo chinês omite informações cruciais para entender a origem do coronavírus. A declaração foi feita depois de o democrata ter acesso a relatórios de agênctias de ineligência americana sobre o surgimento do vírus.
"Há informação crucial sobre as origens desta pandemia na República Popular da China, mas desde o início, as autoridades do governo chinês têm trabalhado para impedir que pesquisadores internacionais e membros da comunidade global de saúde pública tenham acesso a ela", afirmou Biden.
No total, nove órgãos americanos investigaram a origem do coronavírus. Quatro agências de inteligência e o Conselho Nacional de Inteligência acreditam que a hipótese de surgimento por animal é mais provável. No entanto, outra agência de inteligência afirma que há um nível moderado de confiança de que o vírus tenha surgido em laboratório. Outras três agências não comentam sobre nenhuma das possibilidades.
No entanto, todas as agências concordam que é muito improvável que o coronavírus tenha sido criado para ser uma arma biológica.
Antes dessa investigação, somente duas agências eram favoráveis à hipótese de que o Sars-Cov-2 tenha origem natural. Mesmo assim, o relatório afirma que essa suposição tem nível de confiança baixa -indicando que novas respostas podem ser dadas em outras pesquisas.
As agências indicam que não conseguem novas informações sobre a origem do vírus se não acessarem mais dados, principalmente amostras dos primeiros casos de Covid-19 em Wuhan.
Segundo o New York Times, algumas autoridades americanas acreditam que pesquisadores chineses têm maior acesso a essas amostras e que o governo de Xi Jinping está barrando investigações sobre a origem do coronavírus por medo do que possa ser descoberto.
Em resposta, a embaixada chinesa em Washington afirmou que os serviços de inteligência americana estão fazendo manipulação política e colocando a China como um bode expiatório.
Na última quarta-feira (25), pesquisadores da OMS (Organização Mundial da Saúde) que realizaram um relatório em março de 2021 sobre a origem do coronavírus publicaram um artigo na revista científica Nature com um apelo para a realização de novas investigações. Segundo eles, novos atrasos podem impossibilitar a realização de alguns experimentos biológicos essenciais para a descoberta de como surgiu o patógeno.
Aproximadamente 4,5 milhões de pessoas já morreram de Covid-19 desde o primeiro caso oficial em dezembro de 2019. No Brasil, o total foi de 578.396 óbitos e 20.703.645 de pessoas infectadas, conforme dados do consórcio de veículos de imprensa do qual a Folha faz parte.
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