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Alerta: Escassez de água atingirá mais de 5 bilhões de pessoas em 2050

Em 2018, já eram 3,6 bilhões que não tinham acesso suficiente à água por pelo menos um mês, segundo a Organização Mundial de Meteorologia

Gazeta de S. Paulo

Publicado em 05/10/2021 às 11:40

Atualizado em 05/10/2021 às 13:16

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A diminuição da vazão de água, que antes começava às 23 horas, agora é feita a partir das 21 horas / Divulgação

Mais de 5 bilhões de pessoas poderão ter dificuldade de acesso à água em 2050, alertou nesta terça-feira (5) a Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Em 2018, já eram 3,6 bilhões que não tinham acesso suficiente à água por pelo menos um mês, segundo novo relatório da organização.

A OMM insistiu ainda no fato de, nos últimos 20 anos, o armazenamento de água no solo ter diminuído um centímetro por ano, tendo em conta a superfície, o subsolo, mas também a umidade do solo, neve e o gelo.

As perdas mais significativas ocorrem na Antártica e na Groenlândia, mas "muitas áreas densamente povoadas, localizadas em latitudes mais baixas, estão sofrendo perdas significativas em lugares que geralmente fornecem abastecimento de água", disse a OMM.

Essas perdas têm "consequências importantes para a segurança hídrica", destacou a organização, sobretudo porque "a água doce utilizável e disponível representa apenas 0,5% da água presente na Terra".

No Brasil, especialistas apontam que o país vive a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. O Sistema Cantareira, reservatório de água que abastece a região metropolitana de São Paulo, emitiu alerta para o baixo nível de produção do reservatório.

Ao mesmo tempo, os riscos relacionados à água aumentaram nas últimas duas décadas. Desde 2000, o número de desastres relacionados às inundações aumentou em 134%, em comparação com as duas décadas anteriores, mas o número e a duração das secas também aumentaram 29% no mesmo período.

A maioria das mortes e danos econômicos causados pelas inundações ocorre na Ásia e a maioria dos problemas provocados pela seca, na África.

Para a OMM, é essencial investir tanto em sistemas que permitam melhor gestão dos recursos quanto em sistemas de alerta precoce. "Esses serviços, sistemas e investimentos ainda não são suficientes", observou a organização.

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Cerca de 60% dos serviços meteorológicos e hídricos nacionais - responsáveis pelo fornecimento de informações e alertas às autoridades e ao público em geral - "não dispõem de toda a capacidade necessária para prestar serviços climáticos ao setor das águas".

A organização afirmou que em cerca de 40% dos países-membros "não há coleta de dados sobre as variáveis hídricas básicas" e em "67% deles não há dados hídricos disponíveis".

Os sistemas de previsão e de alerta para a seca são inexistentes ou inadequados em pouco mais da metade dos países. Em um terço dos países-membros, os sistemas de previsão e alerta para enchentes de rios também são inexistentes ou inadequados.

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