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Litoral Sul

Projeto de revitalização do Centro Histórico está em estudo em Itanhaém

Arquiteta Regina Helena fala sobre as ações previstas para recuperar o prédio da Casa de Câmera e Cadeia e o entorno

Nayara Martins

Publicado em 16/03/2024 às 07:30

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Em relação à obra de revitalização da Praça Narciso de Andrade, o projeto se encontra em fase de elaboração pela Secretaria Municipal de Obras / Nair Bueno / Diário do Litoral

O projeto que prevê a recuperação do prédio histórico da Casa de Câmara e Cadeia, com registros de construção no século XVII, e da área envoltória, no centro histórico de Itanhaém, está em fase de estudos pela prefeitura de Itanhaém.

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O projeto completo foi enviado ao prefeito de Itanhaém Tiago Cervantes (PSD) no mês de dezembro de 2023.

A prefeitura de Itanhaém explica que o projeto de revitalização da Casa de Câmara e Cadeia foi realizado por meio da profissional Regina Helena Vieira Santos, que venceu o edital do Governo do Estado na área da Cultura. Porém, ainda não existe o valor orçado e nem o prazo para o início da obra.

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Já em relação à obra de revitalização da Praça Narciso de Andrade, o projeto se encontra em fase de elaboração pela Secretaria Municipal de Obras.

A arquiteta e urbanista Regina Helena explica que o projeto foi resultado de um trabalho de pesquisa de doutorado feito por ela na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, iniciado em 1997.

O trabalho foi contemplado por dois Proacs, nos anos de 2022 e 2023, pelo Governo de São Paulo. E já foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).

A Casa de Câmara e Cadeia compõe, junto com a Igreja Matriz e o Convento Nossa Senhora da Conceição, no alto do Morro Itaguaçu, o patrimônio cultural edificado de Itanhaém, que são originários dos séculos XVII e XVIII. E tombados como patrimônio histórico pelo Iphan e pelo Condephaat.

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“Esse patrimônio tem uma área envoltória, que é uma proteção do entorno de patrimônio cultural. Isso é uma norma seguida pela Unesco e adotada pelo Iphan e por órgãos estaduais e municipais do patrimônio”, esclarece Regina.

A arquiteta cita ainda que no entorno deve ser buscado um equilíbrio entre o edificado e o natural. “O ideal é que se valorize e dê visibilidade ao patrimônio cultural. Temos que ver os monumentos a partir do entorno, no centro histórico”, destaca.

PRINCIPAIS AÇÕES.
Entre as ações previstas no projeto está a de conservação da Casa de Câmara e Cadeia, que é o foco principal. E as obras de recuperação das praças Carlos Botelho e Narciso de Andrade para dar visibilidade aos monumentos históricos. Além de firmar um acordo com os estabelecimentos comerciais para usarem cores claras nas fachadas. 

“O objetivo é que eles tenham uma harmonização para valorizar o patrimônio cultural. Esse patrimônio cultural valorizado é benéfico à população e, em especial, aos comerciantes”, frisa.

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“As pessoas precisam valorizar e investir mais em cultura. O turismo depende do patrimônio cultural e de sua ambiência bem preservada”, completa. 

Sobre a vegetação e as árvores existentes nas duas praças, Regina explica que será feito uma limpeza nesta área do entorno. “Aqui não temos espécies de mata nativa, são plantações feitas recentemente”.
Cita alguns exemplos de monumentos no mundo, como a Acrópole, na Grécia, e as Pirâmides, no Egito, onde não há árvores, com a ideia de se preservar as edificações históricas.

Outra ação proposta é a de remover o granito já existente na praça e reassentá-lo para corrigir a inclinação das águas. Terá uma iluminação subterrânea em toda a área de entorno, além de ampliar e dar acessibilidade às calçadas.

E ainda dois pontos com bicicletário e serão instaladas baias de caminhões para a entrega de mercadorias aos comércios.

O projeto também já foi apresentado à Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Itanhaém, Associação Comercial, aos conselhos municipais de Cultura e de Turismo e aos professores da rede municipal.

“Espero que a execução do projeto saia do papel ainda neste ano”, finaliza a arquiteta.

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