George passa, pela manhã, com sua carreta em comércios e recolhe o papelão e o plástico, em Itanhaém / Nayara Martins/DL
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Ganhar uma renda extra e, ao mesmo tempo, conseguir ajudar a manter a família em Itanhaém. Esse é o objetivo do catador de reciclável George Alves Bonfim, de 63 anos, aposentado e que mora com a sua esposa no bairro Vila São Paulo, na Cidade.
Ele é um bom exemplo de trabalho e determinação, já que garante uma renda extra para manter sua família e também colabora para a preservação do meio ambiente.
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Aposentado desde 2003, ele trabalhou para uma única empresa na Cidade. Mas sempre pegou serviços como autônomo e começou a atuar com a venda de recicláveis, em junho do ano passado, com apenas uma bicicleta.
Ao sair de casa todos os dias, pela manhã, ele já tem os destinos certos para passar e recolher o papelão, o plástico e outros materiais recicláveis.
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“Tive a ideia porque tentava fazer uns bicos para não ficar parado, mas, às vezes, não aparecia. Decidi pegar os recicláveis para vender e complementar a minha renda mensal. Com isso também ajudo a natureza”, explica.
Ele passa todos os dias em uma rede de comércio fast food, além de outros estabelecimentos localizados na região central da cidade.
No mês de abril, George conseguiu economizar e comprar uma televisão nova, à vista, com o dinheiro arrecadado da venda da reciclagem. “Também consegui comprar uma carreta adaptada a uma bicicleta para recolher o material reciclável, com o dinheiro das vendas”, frisa.
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“Já ganhei várias cestas básicas, café e eletrodomésticos quebrados. Além da amizade que faço nas ruas, também consigo uma renda extra para pagar as contas mensais. Outro dia achei 14 rodos e 6 vassouras de limpeza”, conta.
O papelão e o plástico são os materiais que ele mais recolhe e consegue revender para os depósitos de ferro velho na Cidade.
George afirma ainda que já achou alguns eletrodomésticos, tais como cafeteira, um aparelho de som e um micro-ondas quebrados. “Levei todos para minha casa, consegui arrumar e, hoje, estou usando no dia a dia. Tudo se aproveita”, salienta.
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Segundo o catador, ele consegue recolher e juntar cerca de 800 quilos de plástico e papelão, por semana. E revende aos depósitos na Cidade. Tudo é armazenado, de forma correta, no quintal da sua casa.
Ao ganhar uma cesta básica, em um dos comércios, no centro de Itanhaém, onde passa para recolher os materiais, ele relembra um ato de solidariedade.
“Ganhei uma cesta básica e percebi que, próximo ao local, havia uma mãe com dois filhos nas ruas pedindo ajuda. Resolvi doar a cesta básica para essa família, já que eles necessitavam mais do que eu naquele momento”, destaca.
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George diz que pretende continuar a trabalhar com a venda da material reciclável. Além de prosseguir com alguns bicos para complementar a sua renda, como limpar um terreno ou serviços de pintura nas casas. Ele também toma conta de um sítio em Peruíbe.
O catador de reciclável cita ainda outro sonho a ser realizado. Ele quer comprar um carro num futuro próximo.
“Minha ideia é com a economia da renda extra, poder comprar um carro para ter um meio de transporte mais rápido. Já tive uma moto, mas sofri um acidente grave e fiquei com a perna bastante prejudicada e sem poder trabalhar”, completa.
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